bordoada
tabefe no escutador de novela
paulistinha
rasteira
bobeira
que nada sou de paz
tirando uns deslizes
alguns até mesmo imperdoáveis
só isto
a abonar sua conduta
desenvoltura
quase ilibado
quase um santo
com algumas culpas
nos cartórios
sim
no plural
pios são muitas
incontáveis
...
irresponsável!
sem sentido nenhum
este mundo
isso tudo
o verso
que ainda não versei
não escrevi nada
e nem falei
tô aqui quieto
na minha
na gíria
no palavreado comum
do papo
da conversa ligeira
e da longa também
continuidade
continuum
persistente
e tente
mais uma vez
não desista
a sorte pode estar na próxima
carta!
incógnita
adoro enigmas
coisas a decifrar
conhecer
...
que nada
sou pessoa desligada
que não se liga em nada
desnorteado
sem norte
destino incerto
errante
...
que erra pra caralho
um bocado
de erros
erros comuns
erros banais
humanos
nem mais
muito menos
menos
...
é mais
o menos
a mesma coisa que somar
1+1=?
não sei
não lembro
esqueci de proposito
e você nem notou!
aleatoriamente
irei jogar palavras
para todos os lados
os possíveis
e os inimagináveis
vou soltar
soltar o verbo
vou saltar
saltar a gramática
pular no non sense
incoerente
incoerentemente
um tipo de poeta
que poetiza
que versa
brinca
com a semântica
com a filosofia
magia
...
um mago!
depois da brochada
a escrita
nova
saída do forno agora
ainda tá quentinha
cuidado
para não queimar a língua
de trapo
boneco de pano
mal desenhado
um rascunho
com cara de louco
manias de doido
um escracho
com vários traços meios disformes
com linhas e curvas absurdas
fora da curva
fora da reta
um palavreado estranho
rimas mais ainda
...
insignificante
...
sem significado nenhum
nenhuma norma
nenhuma lei
às suas ordens!
engano-me
se não me engano
por vezes
muitas
muitas vezes
seguidamente
diariamente
um engano a mais
tanto faz
ou fez
indiferente
who cares
perdi
...
perdi o fio da meada
tentei até retomar
mas travei
tenho que partir para outra
outra escrita
outro tema
verso
...
fui!
vontade
de pintar uma tela
com ela
nua
contra a luz
olhando por uma janela
o sol surgindo
dia raiando
que bela bunda
um pêssego
me faz recordar
textura
cor
sabor
...
ela nua
com o olhar perdido
no horizonte
olhando
para nenhum ponto especifico
digamos no vazio
...
nua
com sua pele à mostra
suaves pelos em flor
em pele
exalando perfume
de colorido intenso
sabor imenso
flor
flor símbológica
flor metafórica
analógica
flor
simples assim
flor!
emociono-me
de maneira tola
tem vezes
emociono-me
em meio ao stress
furdúncio
olho de furacão
as vezes
emociono-me
frente aos versos
frente e verso
na frente
e
no atrás
emociono-me
diante ao universo
a grandeza
a enormeza
infinito
ao infinito
tão próximo
que quase a mão alcança
posso sentir
emociono-me
quando me encontro
em um paralelo
numa transversal
num pedaço de rocha
rocha espacial
atemporal!
devaneios
me afundo neles
imagino
sonho
construo
mundos
em paralelo
em lugares dimensionais
de outra dimensão
são
ou não são
eis a pergunta
que não quer calar
...
e eu
...
a me perguntar
em meio aos delírios
devaneando
fazendo de conta
delirando
em uma utopia
toda minha
só minha
...
mundinho a parte!
moderna idade
modernidade
idade
idade da destruição
destruição do planeta
das plantas
gentes
aos montes
de fome
de guerra
doente
tudo em troca
das fortunas de uns poucos
um punhado
os abastados
que movimentam o luxo
o belo
caro
jatos
carros
barcos
isso é estranho
não me parece humano
quer dizer
parece sim
é bem a cara de parcela
e não é pequena.
e eu aqui
prestes a escrever alguma coisa
coisa alguma
pois ainda não sei
mas escreverei
de maneira sucinta
direto e reto
lacônico
e ponto
e vírgula
já emendo outra frase
uma sequência
de letras
de palavras
símbolos
que decifras
e nem liga
faz de conta que nada viu
de mais
de menos
dualidades
meias verdades
mentiras
tudo
tudo é mentira
inclusive eu
que não existo de fato
...
ser digital!
atabalhoado
atrapalhado
sem nenhuma orientação
perdido
no espaço
no tempo
em qualquer estado
ou forma
pode um pedra
e lá estava ela no meio do caminho
pode ser um planta
erva daninha ou nem tanto
um bicho
com certa será de pé
humano
pode ser eu que escreve
atabalhoadamente
de maneira desastrada
um bocado de nada
coisas do vazio
do vácuo
nada
nada de mais
isso é normal
ainda não viste
nada!
e o cara lá
na praia
correndo atrás de suas próprias pegadas
enquanto as ondas
por onde passavam
apagavam
e o caminho sumia
marcas desapareciam
símbolos
eram desgastados
passado
presente
futuro
tudo junto
tudo uma coisa só
em expansão
igual o universo expandindo-se
para todos os lados
pra cima
para baixo
aos lados
multi-direcionado
indo aqui
indo acolá
voltando
rumo a outro lugar!
inconsequente
impensadamente
a mente
pensa
incongruentemente
inadvertidamente
irrelevante
um pensamento
um resto
o que sobrou
permaneceu
de lucidez
na mente
o que se pasa na tua
o que ocurri
corre
core bastante
que atrás vem gente
de tudo que é tipo
negro
branco
amarelo
pardo
tudo misturado
bem misturado por sinal
uma mistureba danada
miscigenação!
me acho
quando dedilho teclas
e escrevo um verso
um texto
frase
que seja palavra
minha
minha palavra
de honra
sou antigo
...
antigo de alma
antigo de ser
de idade também
faz parte
já iniciei o declínio
na rampa de descida
do não atinar mais nada
de não entender porra nenhuma
no capitar niente
mas vivente
vivendo os dias a dia
pagando pra ver
pagando pra ser
pagando
pagando por quase tudo
...
que mundo mais estúpido
nós somos a base de economia
e só nos fodemos
e ainda achamos graça
e pior de tudo
de graça!
arregaço as mangas
e me ponho de prontidão
para a labuta
para o trabalho
e imediatamente me perco
em pensamentos difusos
redundantes
que redundam
que ecoam
resvalam
no modo de pensar
os pensamentos de agora à pouco
e tantos outros
inúmeros
uma porrada
...
penso pra caralho
um bocado
e divago
um vagabundo
com suas coisas nas costas
caminha
caminha sempre
para sempre
caminha
...
sem nada a procurar
sem nada desejar
apenas devagar!
um tanto alegre
eu suponho
assim por alto
que triste
nem um pouco
ligeiro
passageiro
viajante
do tempo
e com vôces
novamente este tema
ando com fixação
ou será mera repetição
plagiando meus meros erros
gramaticais
de ponto
de virgula
pessoais
de várias formas diferentes
variações
mesmo tema
transformações de um texto ao outro
uma jornada a outro mundo
planeta
tempo
já voltei
e nem viste
então
não dê palpites.
deve ter ido cagar
ou fazer alguma outra coisa
sei lá
só sei que sumiu
escafedeu-se
com num passe de mágica
magia
foi bruxaria
coisa de bruxa
feiticeira
que se enfeita
com flores
com panos
jeitos e trejeitos
a seu jeito
do jeito que quiser
pra quase tudo tem
jeito
e eu já estou ficando
sem jeito
de tanto repetir a palavra
jeito
mas creio que não tem
jeito
então
é o jeito!
como já disse antes
um tolo
um meio Quixote e seus monstros
um meio louco
demente
um meio mal da mente
loucamente
que se apaixonou num instante
e nem percebeu
coisa platônica
coisa grudenta
grudou
...
grudou em mim uma garota
que não conheço
apenas um olhar
um estrondo
um sacolejo no corpo
e na hora passou
e agora voltou
voltou a imagem
e pou
...
uma paulada
pancada
bem no meio da cachola
um interesse em saber
em conhecer
e quem sabe algos a mais
mas sempre
com as melhores intenções
ou seriam piores?
se eu quisesse
atravessaria facilmente paredes
num piscar de olhos
portais
num estalar de dedos
mundos
em meros segundos
iria
e voltaria
tão rápido quanto fui
ligeiro
pequeno tempo
gigante
...
tempo
indescritível
pois não consigo descrever
e mesmo escrever
de uma viagem temporal
sem pressa de nada
devagar quase parando
em todos os lugares
que lhe agradar
uma temporada aqui
outra acolá
a-cor-da
...
deixa de onda
não viajas nada
não sabes o inicio da jornada
não sabes
nada!
a turba
a turma
galera
foi toda lá pro portão
esbravejar
latir
assoviar
em resumo fazer barulho
causar
que coisa
sem pé ... cabeça
nem
nem eu entendo
e olha
olha que de loucura
conheço
posso até dar aulas
ministrar cursos
treinar pessoas
ser coach
...
ironia
a minha
não sou nada disso
sou pacato
sou o pato do tiro ao alvo
o pato que pagou
o pato
...
mato
mato o tempo a cada instante
isso pode parecer
uma redundância
uma repetição
sou uma figurinha repetida
uma figura de linguagem
uma palavrinha
eu
...
a palavra chave
a questão
o âmago
cerne
o principio
...
o meio
...
fim!
trancos e mais trancos
mas nada de barrancos
apenas leves ondulações
mais pra baixo que pra cima
tenho que confessar
me entregar
aquela bela e linda
que passou ao meu alcance
dava até para sentir o cheiro
o perfume
a pele
flor
à flor da pele
flor da idade
flor
florida
no inicio da tarde
uma rua
perdida
um ponto geográfico qualquer
um cisco no infinito
mas mesmo assim marcou!
chá
xá comigo
deixa
deixa que eu
faço
faço algo inusitado
falo alguma coisa singular
ato & desato
nó em pingo d'água
deixa
deixa vai
vai com eu
não vais se arrepender
talvez um pouquinho
afinal
cheats happens
acontecem trapaças
merdas
cagadas
deixa
vai ter que deixar
não tem papo
nem conversa
vai e pronto
vou
vociferar algo
balbuciar alguma coisa
alga
algoz
bandoleiro
truqueiro
deixa
deixa e se besta
deixa
deixa disso
larga mão
não esquenta
tá nas minhas
mãos!
ia começar com
...
dois pontos
...
somente mais uma
repetindo
reprisando
talvez então
diga
talvez tome mais uma
uma unidade
um trio
dúzia
que importa
quem se importa
liga
liga pra eu
vamos bater um papo
falar coisas sem sentido
dizer absurdos
rir
sem tempo de parar
nem para ir ao banheiro
humm
para o banheiro
melhor ter tempo
senão melou
senão sujou
fez caca
cagou!
agora entrou ruído
interferência
perturbação
da paz
da ordem
...
mordem
...
mordem os calcanhares
os cães mal treinados
ajustados ao mal
que maus
que maldade
coisa de humanos
de uns tais mortais
que brincam de deuses
que pensam ser deuses
criador
...
criatura
tema duro
tema intenso
penso
...
penso em mudar o mundo
sim ainda penso
de alguma forma
lançar uma semente
soltar umas palavras
uns versos
melodia
que seja ouvida
lhe dê ouvidos
preste a atenção
se liga
na minha
por mais estranho que lhe pareça
não vais se arrepender!
hoje a comunicação tá boa
fluída
sem ruídos
alô
me escuchas
me ouve
entende?
que bueno
mucho
mais que imaginas
imaginavas
na verdade nem pensavas
em nada perto disso
que aqui
bem pertinho
um portal
uma porta
portão
para o infinito
para o estranho
esquisito
eu
já atravessei várias vezes
dia sim
dia não
talvez
talvez uma pergunta
a mais
mais uma
a derradeira
após essa não encherei mais o saco
...
pensando bem
...
vou pertubar mais um tanto!
o mundo é assim
já me havia esquecido dele
desse jeito
dessa forma
um desenho
uma pintura
poesia
pura poesia
com suas cores
seus odores
formas de pensar
fazer
o que nada mais faz
comigo
viro
me transformo
existo
em meus versos
em meus delírios
...
vivo!
tô nervoso
e não vou pescar
imagina eu
em beira de rio
com a vara na mão
sendo devorado por insetos
assolado pelo calor
ou pelo frio
sujo
molhado
não
ficaria mais nervoso
diria mesmo irado
prefiro outras maneiras
de atingir a calma
que nem sei tenho
o êxtase
me desprendendo subitamente
soltando tudo
amarras
pertences
pessoas
deixando pra trás
mas se quiser
que me sigam
os bons!
