aquele tipo de pessoa
...
que não se deve confiar
não dar trela
espaço
se possível se afasta
de imediato
sai rápido
pela esquerda
nunca
repito nunca
à direita
sempre anti-horário
sempre contrário
ao destro
que destrói
desmata
desmancha
deixa somente manchas
no meio da mata
no meio da oca
maloca
que já não existe
mais
virou cinza
chacina
que se avizinha
aproxima
...
fim de feira
é foda!
me faço de entendido
afinal sou erudito
sigo ritos
penso
que nada sou disso
sou oposto
em verso
sou o contrário
no verbo
sou contrário
a quase tudo
não trago bandeiras
não trago estandartes
nem símbolos
venho em paz
vim em paz de outro tempo
de outro espaço
e nem precisei de nave
vim todo à vontade
de primeira classe
nada de executiva!
corda
pescoço
enrosco
enroscado
até aquela parte do corpo
entre a cabeça
e o tronco
coisa corriqueira
normal
coisa da vida
nada demais
o problema é o que faço
fico aqui
dedilhando versos
vide os versos
todos eles
e olhe que são muitos
uns indecifráveis
outros indesejáveis
alguns amigáveis
outros inimizades
guerreemos
pequemos nossas armas
lutemos
mas lutemos por quem?
por um palhaço sem graça
nem quando da graça
desgraça de sua presença
que quebre a cara
rale no asfalto
esburrache
que se foda!
hoje estou cascando
descascando
umas boas poesias
poetando
jorrando palavras
espirrando
ejaculando
gozando
sim gozo
em êxtase
delírio
cada que escrevo
cada vez que rimo
cada que crio
dou vida
voz
liberdade
que flua
que flutue
flameje
exista
nem que seja de mentirinha
pequena mentira
...
little fake
lapso
de tempo
daquele tempo que falei a pouco
pouco tempo atrás
minutos
não mais
deu branco digamos
deu branco
amnésia
lapso
...
de memória
a minha notória
meio doida
fotovoltaica
precisa de luz para ligar
dar partida
sair
com rumo
de certa forma
definido.
pisei pequeno
no tempo
que agora até dizem
que não existe
nada de mais
mais banal não existe
digamos
pequeno detalhe
o tempo que contamos
que fizemos
nos baseamos
é matemática
e os números
não enganam
é pá
é pum
já o tempo de tudo
aquele tempo involuntário
abstrato
e lúdico
é fazer brincadeira
é dizer
...
brincadeira
de criança
de casais
marmanjos
era tudo
...
brincadeira
de pega-pega
esconde-esconde
fuk-fuk
...
brincadeira
de fazer de conta
de rolar na grama
sorrindo
que lindo
que linda
...
brincadeira com graça
brincadeira na graça
de graça
nem injeção na testa
não passa
...
de brincadeira!
3 cores
primárias
daí tudo se mistura
formando paleta
diversa
múltipla
tudo junto
tudo misturado
varias origens
viagens
longas viagens
a pé
a cavalo
navegando
em mar sereno
que nada
revolto pra caralho
tudo chacoalha
tudo chacota
tirada de sarro
pegadinha
hummm
não seria nada mal
que tal
uma pegadinha?
hoje estou abstrato
quase opaco
transparente
totalmente ausente
em outro espaço
mundo
mudo
fico mudo
me calo
diante do universo
maestria
fluência
elegância
pureza
intolerância
com a pequena flor
flor da terra
flor da floresta
diminuta flor
florzinha
foi esmagada
foi violada
morta
simplesmente morta
fiquei triste
em silêncio.
faminto
nem sei do que
direito
uma sensação
um anseio
desejo
de ganhar o mundo
mesmo com tumulto
mesmo confuso
eu e o mundo
tudo maluco das ideias
...
sedento
uma sem sem fim
secura
segura a barra
senão é tombo
tonto
nem viu a fonte
bem na sua frente
nem viu ...
viu nada
perdido
em sonhos
em paixões
abstrações
abstrai
já não estou mais aqui!
um sonho
dentro de outro sonho
e outro mais
sonho
sonhador
vertiginoso
um nojo
de pessoa louca
em desatino
o mundo em volta desabando
e ele
sorrindo sozinho
em silêncio
absoluto barulho
escuta
latidos
vozes
janelas fechando
tarde caindo
apagaram o interruptor
só espero que não apertem o botão
espero que não!
amor
vida
privada entupida
que bestice disse agora
tipo aquela outra
amor
amor
a mortadela
um chiste
uma piada que mesmo sem graça
tem um certo gracejo
pega
cola na cachola
fica marcado
e quando lembra
não desgruda novamente
chiclete
de menta
refresca
tira bafo
cheiro
...
tira porra nenhuma
fica uma mistura muito estranha
vários cheiros
odores!
este estava incrustado
parecia grudado
em algo
alguma coisa
indefinida
indecisa
que ficou de lado
foi abandonada
e eu com isso
nada
nada mesmo
estou sendo eu
desde o começo
com erros
com acertos
vícios
virtudes
sendo bom
mau
lobo
cordeiro
em pele
pele de alguma coisa
cobrindo as vergonhas
sem nenhuma vergonha
sem vergonha!
mais uma
sei lá que número
não importa
nem exporta
faz
faz de conta
faz de besta
faz
podendo quebrar a cara
a banca
balão ... de ar
estourou
voaram coisas
pra tudo que é lado
uma festa
festival
pega pra capa
um povo todo atrás
passar a faca
nos bagos
nas caras
na carne
corda
e lá se foi a boia
a boiar ...
no estado em que se encontra
é pegar
largar
escolha sua
e leva de lambuja
fruta
maça
pera
uva
uma salada
frutas
coloridas
adocicadas
saborosas
carnudas
nuas
peladas de tudo
dançando em minha volta
assim perco a compostura
e a linha
...
o resto é história
lero-lero
papo-furado!
soltei as palavras
vou deixar que me levem
para onde quiser
ao sabor do vento
ao caminhar sem rumo
pensar sem dono
pensar em sonhos
sonhar acordado
alucinado
babando
...
na roupa
na pele
no chão
num vão de tempo
e lá vão os dnas se espalhando
proliferando
germinando
podem ser pessoas
pode ser plantas
orgânicos em geral
inorgânicos
...
vamos pensar no seu caso
no momento certo
na hora agá
do caraelo a quatro!
pedra angular
fundamentos
pensamentos
os meus
...
fora da realidade
apenas outra
realidade
mais suave
menos agri
doce
que seja sweet
um bocadinho ácida
um montão
apimentado
bastante pimenta
preciso
também de umas especiarias
cravos
canelas
ervas
aromas
...
deliciosos aromas!
escafedeu-se
deu no pé
se empirulitou
sem deixar rastros
sem pegadas
marcas
nada
nada de mais
nada de menos
coisa normal
coisa banal
vulgar
nada a ver com a vulgaridade
ou tem ?
fiquei em dúvida
afinal
são tantas informações diferentes
impertinentes
intolerantes
anti-gente
a gente!
desembestei
e agora
irei escrever
um monte de coisas
coisas boas
outras nem tanto
algumas bobas
nem tanto
coisas ... tanto
tanta coisa
a ser dita
palavra maldita
bem ... dita
posta pra fora
num golfar
vomitar
explodir
tímpanos
tambores
rufam
num gran finale
the end
fim.
turvo
a água em um pequeno tocar
encostar o dedo
a mão
em algo
alguma coisa
alguém
tocou
foi tocado
tocada
toda cambada
fisgada
feito peixe
pela boca
isca
isca tótó
isca
pega
atiça
este verso
até parece
linguiça.
não sei o que escrever
nem sei o que dizer
pensar
nas tantas coisas erradas
boas quase nada
o mundo anda desiludido
beirando pra lados desconectados
da realidade
pelo menos a minha
quem sabe a tua
real idade
das pedras
puta que o pariu
pedra lascada
voltamos no tempo
mas foi muito
foi muito mesmo
não precisava tanto
um tiquinho menos
momento a mais
um momentinho.
vou escrevendo
por vezes aleatoriamente
sem comando
sem pensamento
sem coração
apenas dedilho
palavras que vem à mente
surgem
se juntam a outras
aglomeram
umas sobre as outras
pedras sobre pedras
constroem
uma edificação
fictícia
de mentira
fake life ... vida!
deve ser mais fácil
novamente fácil
devo estar achando difícil
mas não vou fazer
aquela piada novamente
aquela
do edifício
nem vou tocar nela
rima sem rumo
aprumo na direção
no sentido
uma volta
pela circunferência
esfera
viva
uma vida
menosprezada
escanteada
largada
relento
você já destruiu a sua parte da natureza hoje?
facinho
eu acho
não
não acho não
nada estou procurando
muito menos neste sentido
pode fácil
pode nada fácil
difícil
é difícil
edfício
prédio
construção
ilusão
mera alucinação
delirium tremens
treme
treme perna
mãos
pés
treme tudo
trêmulo
tremulante
...
que boring
ficou chato
meio tremido
perfeccionista
de certa forma
até que sou
um pouco
um louco
parâmetros
que me parametrizam
enquadram em determinado perfil
de certa forma
difuso
que se espalha
folgado
esparramado
espremido
...
suco
de alguma fruta
infrutesciência
sabor
de paixão
umami
perdi a conexão
...
deu branco
tilt
off
em off
ouça
somente o que vala a pena
e otras cositas mas
igual!
imagine-se A.I.
isto mesmo
inteligência artificial
I.A. para nosotros
é nóis na fita
imagina
poder absorver
se nutrir
alimentar
de coisas
de troços
conhecimento
...
mas espere
quais limites desta invasão
quais parâmetros
que temos
nada
repito nada
pode não ter limites
nada não pode
prejudicar os outros!
inexato
sem tato
delicadeza
fineza
tenha
a porra da fineza
de ser fino
e sair de fininho
saída rápida
pela esquerda
quase sempre
sempre quase
nada ao contrário
meio complexo
meio indefinido
como já dito
inexato
sem tato
sem delicadeza
e nem fineza
nada fino!
vago
...
entre meios
entre cores
sabores
odores
...
putz que cheiro ruim
que fedor
catinga
da braba
chega arder as narinas
catso
fiquei indignado
boquiaberto
parado
...
vagando
em versos
desconexos
sem nexo
nem sexo
eixo
contexto
...
transito
por meios fluviais
navais
marciais
bandinha tocando
caixa
tambor
sopro
...
sopre
mas não morda!
tô no sossego
estou do avesso
espesso
um peso
peso vivo
ainda
que seja questão de tempo
um tempo razoável
espero
sem exageros
o suficiente para escrever mais versos
dizer mais coisas
poetizar os dias
e noites
magia
queria saber fazer
um riso ameno
uma risada arriscada
gargalhada debochada
e mais nada!
caracoles
caramba
que bacana
se faz de tonto
abobado
das ideia
me veio
veio um pensamento
uma ideia
aquela luzinha
acendendo acima da cabeça
plim!
plact
plum
lá vai mais um
tiro
canhão
qualquer alvo tá bom
foda-se
e matam
destroem
violam
leis
pessoas
coisas
não
digamos não a guerra
esta porra desta guerra!
talvez escreva
um troço
troça
talvez possa
dedilhar algo
cantarolar canção
caminhar sem direção
a favor do vento
vai no embalo
no badalo das horas
no silêncio de momentos dos dias
quem
quem diria
quem poderia dizer
que tal ato
impróprio
não devia se fazer
na praça pública
res
pública
e não privada
banheiro
cagada
temos la cagada!
dúbia
é a sorte
afinal existe a buena
e tabién la mala
suerte
mala
mala sem alça
pesa pra caramba
e também como um membro
fálico
apontando a ponto desejado
e ponto
e vírgula
passemos a diante
pra outro tema
capitulo
logo após
nossos comerciais
antigos reclames
de televisão
cartazes
panfletos
agora
totalmente digital
bombardeando
as mentes
vendendo
uma realidade diversa
uma festa!
original
quase um papiro
contrato
um grito
alivio
um beijo ao vento
um peido fedorento
choque
de realidade
de liberdade
mas na base
do não prejudicar o próximo
insultar
injuriar
nooooossa
que merda estou escrevendo
nada estou entendendo
que bacana
até rimou
meio sem querer
acaso
aleatoriamente!
incerto
serie hoje
mais que o normal
que tal
que le parece
a fita
dialogo
papo
papo furado
como dizem mimimi
chega
basta
nem começou
já não aguento não
putz
...
perdi
o fio
a meada
não pesquei nada
nem lata
pneu
pet
muito menos peixe
eita
...
ainda não achei nada
sigo sem rumo
nau
sem prumo
na horizontal
na vertical
todos os pontos
cardeais
mortais
salto vival!
vou me alocar em uma nuvem
quem sabe assim possa voar
flutuar
mais leve que o ar
um fenômeno
estardalhaço
palhaço
saltitando em praça pública
fazendo palhaçadas
contando piadas
sátiro
cínico
em resumo
um bobo
sem corte
sem reino
sem graça
nenhuma
nenhuma graça mesmo
...
nem vejo graça nisso
nem acho isso engraçado.
pode ser
que não faça a maior importância
a menor também
mas é diferente
faz de outro jeito
faço a la minha maneira
ao meu bel prazer
e deleite
me deleito
as vezes em meu leito
outras vezes pensando
pensando no infinito
no universo
em meu umbigo
meu pinto
pronto
taquei meu pinto no meio
tinha que faze-lo
senão como quebraria
a sequencia em qual estava
um breque
um baque
sopapo
um sopro
vai
pelo menos uma sopradinha!
soturno
sombrio
que nada
puxa o freio de mão
cavalo de pau
pode parar
gosto mais de luzes
claridade
amanhecer
que nasça o Sol
que venha calor
ameno
quase tranquilo
sim quase
tem que ter um tempero
alguma tensão
descobertas
olhares
paixão
senão o que seria
o que seria de tudo em nossa volta
tudo que fazemos parte
por isso faço arte
sou arteiro
sou artista
artífice
mambembe
pouco importa
somente demonstrando
aquilo que é
inerente.
São Gambiarra
me ajuda
ando meio aporrinhado
igual toda vez
que tenho que consertar
algo
pode ser uma torneira
pode ser uma máquina
um moinho
...
Quixote
...
me assombra
com as pás que giram
ao vento
movimento
subindo
descendo
...
enlouquecendo
pouco-a-pouco
dia-a-dia
step by step
pés antes pés
andando
...
meio sem destino
abstrato
deixando um leve rastro
caminho
...
trilha
...
viela
...
é o fim
...
da picada!
de tempos
...
em tempos
tempo
...
espere
dê um tempo
lento
vagarosamente lento
um caramujo
na primeira marcha
até engasga
entala
estala
nascendo
vindo à tona
surgindo
feito Fênix
borboleta
mariposa
o que importa
é que voam
batem asas
provocando terremotos
por aí
maremotos
acolá
sacolejos
pra acordar!
minha pouca sanidade
está aqui
neste texto
o que escrevo
descrevo
situações
momentos
devaneios
meus
lembre-se muito bem
disso
que falei agora
por este meio
quase inteiro
descalabro
ou não
tanto faz
o que importa
eu
eu mesmo
banhado no ego
escutando um eco
barulho
murmurinho
falem
falem mal
mas falem de mim
falhem
folhas
folhas em branco
um monte!
passo de tempo
passos no tempo
lentos
poucos
titubeantes
cambaleantes
equilíbrio
em cordas
teóricas
metódicas
catastróficas
pisou fora já era
virou matéria
escura
preenchimento!
quantas coisas pensamos
num dia
umas lembramos
outras esquecemos
nossa que profundo
bem profundo
lá no fundo
do inferno
do céu
da terra
que importa
o que esquecemos
que importa
o que lembramos
vale muito o pensarmos
então pensemos
nos diferentes modos de viver
diferentes formas de sorrir
brincar
...
brinquemos
pareço por vezes voar
por aí batendo as asas
que não tenho
...
pareço as vezes sonhar
por aí à toa
um sonho aqui
outro acolá
...
imagino em momentos
poder versar
um verso
uma poesia
com alguma rima
sem nenhum sentido
eu cão perdido
em dia
de mudança
...
idealizo
um mundo diferente
mais precisamente
o meu
porque não?
sim?
quem sabe
...
abstraio
em conjunturas
possibilidades
ocasiões
favoráveis
em todos sentidos
ou direções!
pensam que estou doido
maluco mesmo
e acredito
que tenham razão
ou não
eis questão
palavra
ou bofetão
um pé de oreia
bem no
escutador de novela
e vejam
as cenas dos próximos capítulos
lances breves
de barracos
de amores
lugares
odores
tudo
ou nada!
ia falar de esperança
mas não vou mais
afinal
no final
quase sempre morre
que porre
...
pensei dizer algo
aleatório
divergente
panfletário
porém acabei no planetário
ei você ai
deste planetinha azul
sem mata
sem água
somente alvenaria
somente pasto
somente ração
para matar
mais bichos por tonelada
produzir mais carnes
mais gases
mais danos
que se danem
que se danem.
pensando bem
nem sei o que ando fazendo
quase nada diria
se fosse sincero
mas não
não é bem assim
faço coisas
é claro que faço
talvez não sejam
consideradas produtivas
monetizadas
levadas à serio
mas
...
mas são minhas
mis cosas
mis palavras
poesias
são parte
são essência
quase fluídos
meus
meu
meu resumo
sumo
sabor
...
então sintam
me sintam
em seus cérebros
seus organismos
tal qual vírus
um mutante
pensas que sou algo
já não sou mais!
anseio
meio que por algo
que não compreendo
acho estranho
meio alienígena
de outro mundo
um peixe
sem água
um respirar
sem ar
...
desejo
...
um algo
diferente
diferente em cores
sabores
textura
plena
plenitude
um embuste
logro
logo
logo agora que me vejo
de outro ângulo
e por consequência
tudo ao meu redor
tudo
tudo mesmo
inclusive
você!
nem entendo
quase nada
direito
um pouco talvez
nada mais que isso
um cisco
um olho
mundo beligerante
cheio de enfrentamentos
lotado do conflitos armados
guerra pra todo lado
tiro perdido
tem destino
a sim tem destino
escrito
e não tem conversa
não tem papo
negociação
troca-troca
socialização
é pá
é pum
mais um pra conta
estatística
planilha
fim de linha?
espanto-me
a mim mesmo
e fico a esmo
incerto
sem direção
calção
putz meu calção caiu
esqueci
que tava meio largo
parecendo tamanho errado
o tamanho da porta
janela
aberta
escancarada
toda arreganhada
deixando o vento entrar
por suas entranhas
suas estranhas
formas
sim formas estranhas
era bem isso
que queria dizer
então
está dito
mas ficou
pelo não dito!
estava a pouco
tipo buscando uma estação
deslizando o controle
de um lado
a outro
quem sabe esta?
não
esta não
esta outra quem sabe?
nem fodendo
ruim de tudo
hum esta aqui parece
...
uma merda
bem fedida
melequenta
nojenta
uma bosta
excremento de ser
vivo
orgânico
autônomo
uno
apenas isso
átomo
partícula
poeira
energia
vida!
voar o mundo
feito pássaro
águia
gavião
urubu
maluco
vou
vou decolar agora
é prá já
supetão
e lancei
lancei voo
voei
com minhas próprias asas
próprios sonhos
quase impróprios
para os bons costumes
para ordem
que o pariu
prefiro desordem
bagunça
anarquia
ia e vinha
obrigatoriamente
por vontade
mesmo que
insólito
...
inoportuno!
putz já cansou
esta história
de dedo pra cá
dedo pra lá
deu
deu pro dedo
deixo o dedo aí
nem vem pra aqui
ops
...
ficou estranha esta frase
num sabe se está indo
ou vindo
de qualquer lado
direção
na corrente
na correnteza
corredeira
e corre
corre que vem dedo
vem dedo aí
vai?
e novamente a dedada
vem a tônica
com volúpia
sensações
está sentindo?
ainda não?
vais sentir em breve
a son as possible
al tiro
o dedo
o dedo percorrendo áreas
permitidas
proibidas
escondidas
encobertas pelo tempo
uma névoa
neblina
enebria
deixa tonto
se faz
tonto
de
dedo
dedando.
nada a ver
o verso anterior
não tinha pé
não tinha cabeça
meio sem nexo
sem coerência
sem paciência
que merda
ainda por cima
escrita
tá lá a me assombrar
e agora?
que faço
que penso
que pato
que pago
com juros e correções
já deu
basta!
quero meu naco
pedaço
cara
e agora diria que está bem
que venha
venha bolada
que venha
só não pode ser
dedada!
eu aqui
dedando umas teclas
letras
palavras
que veem do fundo
do alma
sim
lá do fundo
dos mais escondidos
cantos escuros
muros
labirintos
sem saída
sem entrada
caminhas
caminho
sem destino
não
não atino
nenhum espaço geográfico
nenhum plano
somente subida
e esta porra desta pedra
que sempre levo juntinho
deu vontade de soltar
e vai
foi
fazendo strike
resbosteio
dedo
vai uma dedada aí!
