sexta-feira, 25 de março de 2022

otro

dou risada sozinho

as vezes

não em todo momento

senão seria engano

engano o meu sinto muito

ou pouco tanto

faz

ou 

fez

fui bandido

fui brinquedo

me fiz de mal

me fiz de bom

antagônico

orgânico

em transição

para o quântico

matéria escura

outro lado da lua!

fezes!

dizer

o que posso fazer

não sei 

seria assim estranho

algo mundano

meio comum

cotidiano

meu

minhas manias

minhas rotinas

programação

sou

estou

reprogramado

feito aos pedaços

espalhado

pra todo lado

como se tivesse sido

jogado em pás

de ventilador

igual

merda

feito merda

que merda!

meu, todo meu ...

se é o que deseja

vou deixar

que brinque mais um pouco

com eu

digo

comigo

vai

brinque

me faz de gato

sapato

me faz de bobo

tolo

mas me ensina

como ser eu

de novo

cometendo mesmo erros

amando mesmo amores

manter os mesmo vícios

quase nenhum lado bom

quase nenhuma boa ação

quase mudo

quase surdo

perdido

imprópio mundo

o seu!

versei

vislumbre

de vida

vestígio

de uma civilização

antiga

nova

de uma pessoa

imprecisa

nem precisa

me dizer mais nada

agora vejo

verdade

uma verdade

que bem podia

ser mentira

ser de mentira eu

fake

fale people

fale gente

o que precisa falar

mesmo que seja

mentira

que não seja verdade

é a tal liberdade explicita

exposta

a tua começa

quando acaba a minha

vice e versa

viva

versos!

domingo, 20 de março de 2022

décimo primeiro

onze

onze vezes

11 tempos

horas

a fio

no fio

navalha

que o valha

pena

ave

voo

livre

um pulo

disparo

lançamento

no escuro

no perdido

vazio

...

vácuo

espaço

universos

multi

versos

poesias!

que fase!

uno a mas

para completar dez

número mágico

icônico

marcante

dez vez dez

cem

cem vez cem

mil

e uma utilidades

serve para limpar a bunda

serve para embrulhar algo

pra secar o chão

serve

para muitas coisas

umas boas

outras nem tanto

serve

pra pensar um pouco

no mundo

este endoidecido mundo

que de pernas pro alto

moribunda

de maneira rápida

se decompõe

a olhos vistos

nus

olhos nus

pelados

sem filtro

crus

...

credo!

identificação

hoje resolvi

falar besteira

e escrevi

um relato básico

do meu eixo instável

meio inconstante

perambulante

incongruente

diferente

sempre fui inesperado

abaixo do esperado

e esperei momento certo

para dar o bote

superar espectativas

principalmente as minhas

e olha que me julgo no rigor

de minha lei

de meus requisitos

princípios

nada comuns

...

incomuns eu diria

de nada ordinários

nem secundários

não escritos em tinta

tão pouco papel

deixo minhas digitais

no mundo virtual!


sábado, 19 de março de 2022

do pau oco

brocoió

capiau

cara

pálida

pau

pedra

que jogue a primeira

bomba

explode

atira

destrói

mata

que queima

destroços de algo

uma casa

um prédio

escola

loja

e tudo vai por água

a baixo

empurra

todo santo ajuda

sera?

a digital vida

toda vez no começo

certa hesitação

ansiedade

volúpia

sempre

como se fosse método

metodologia

magia

que faz ir 

sair

surgir

como se fosse dia

fosse estrela

sol

sou

feito de letras

de palavras

versos

poesias

não sou matéria

não sou orgânico

fui

digitalizado!

lentamente

sei que não saibo

quase nada

um pequeno resumo

bem pequeno

sei que vago a tempos

por planetas

por universos

versos

e pouca prosa

sei que nada sou

apenas uma pilha

uma bateria

com alguma energia

sei

sei também de alguma coisa

que agora não lembro

e se não lembro

nem era importante

é o que sei

e ponto

ponto final

o restante?

vou aprendendo

a passos lentos.

sexta-feira, 18 de março de 2022

síntese

sintético

meu esqueleto é sintético

feito de algum polímero

tipo de plástico

carbonato

que confusão

sou fusão

fusão de átomos

partículas

energia

sou

sou energia

estática

tática

energizado

causo faíscas

raios

trovões

palavrões

proferidos nas mais variadas

ocasiões

tanto de noite

como de dia.

estoque

 uivos

latidos

e a puta que o pariu

caralho

merda!

barulho

de todo lado

me enlouquece

emputece

calem

a porra da boca

façam silêncio

monástico

não

não precisa tanto

faz uma bagunça

e pronto

deixa um pouco pra depois

é sempre bom guardar

lembra da formiguinha!

dom

vivo

de poesia

sou poeta

pronto

falei

a verdade

nua & crua

não tumultua

deixa eu levar

estas minhas coisas

que não sei

ser maior o sonho

ou ilusão

toco

a manivela do tempo

rodo

no sentido horário

sempre

sou relógio

mecânico

tic

tac

ponteiros alinhados

para algum lugar

no espaço definido

no tempo aprisionado

nas horas

nos segundos

que absurdo!

tom

música

soa como música

para meus ouvidos

minhas orelhas

se deliciam

aproveitam

logo-logo acaba

é barulho

falatório

falastronice

falastrão

ladrão

de corações

deixa eu roubar o teu

não por muito tempo

apenas o suficiente

apenasmente

pra te levar

do outro lada da galáxia

d'outro modo de pensar

outra forma de se materializar

material

matéria

escura

clara

mezclada

sorvete de flocos!

som

não reclama não

é o que tem

é oque dá

pra fazer

que mais posso

além

escrever

versar

poetizar

uma parte da vida

toda não seria possível

pintaria censura

proibição

cancelamento

coisa besta

fui cancelado

agora

a tarde

no final desta tarde

já vai

cedo

pra não repetir

tarde

momento

...

um momento

tempo

um segundo

rápido

um susto

um tiro

sussurro

gemido!

sábado, 12 de março de 2022

dedo no bostão!

encheram o saco

o dia todo

inteiro

e eu doido

quer dizer

mais doido que o normal

nível acima

maior volume

esquizofrenia

ou esquisitice mesmo

pura e simples

efeitos de longa dada

exposição prolongada

a algo patogênico

papel-higiênico

limpando a bunda

...

que cagada

uma bela cagada

vai ser difícil

dar descarga!


ordinário

vou ter que correr

contra o tempo

contratempo

se não 

não dá tempo

fico sem meio de fazer

acontecer

os versos

que tenho sacar

echar

da alma

a minha própria

simplória

ingênua

bobinha

tenho a alma de bobo

de tolo

talvez seja

por ser

por existir assim

num mundo

de faz

de conta

me iludo

...

fico mudo

quieto

pensando

o que sou?

quem eu sou?

um mero poeta?

sexta-feira, 11 de março de 2022

cambaleando

economicamente viável

duas palavras

uma síntese social

de nossa sociedade

civilidade

civilização

se tens este gift

estas bem na fita

se não tens

estas fodido

na reta

na mira

alvo

de misseis

bombas

fogos

sem artificio

sem armistício

sem dó

piedade

o que vale

vale gás

vale combustível

alimentação

rango

quero o vale boia

xepa

o que restou senão

senão ração

pros bichos

pras carnes

e nada para encher

o bucho

...

vazio

não para em pé!


tentativa 1

guardando o pinto

paro

penso

reflito

o quanto estou aflito

endoidado

endiabrado

com o diabo no corpo

sou fogo

queimo

destruo

se quiser o mundo

num estalar de dedos

os mesmos

dedos

que enfio em tua buceta

e brinco

de ir aqui

acolá

mais além ainda

do que possas

imaginar

pode tentar!

alvo

vai

di atravessado

enviesado

de lado

vai

goela abaixo

raspando

arranhando

machucando

um tanto

um tanto estranho

engolir deste jeito

coisa de tonto

tem que por pra fora

cuspir

gritar

xingar

um monte de impropérios

palavrões

maldições

te amaldiçoo

palavraneio

impropio

para menores

e maiores também

pois mostro o pinto

ponto!

dali não passa!

é permitido
isso
lá no mundo
de que venho
o mundo dos desatentos
não atento nada

nadica

niente

quem

quem mente

quem mete a mão no bolso

e tira plata

chumbo

do grosso

corre

corre lá no posto

de uma de rico

encha o tanque

sorrindo

dando risada

gargalhando

se não fosse triste

não fosse trágico

drama

dramalhão mexicano

novela

sabão

ópera do sabão

cuidado

vai levar escorregão

estatelou-se chão!

domingo, 6 de março de 2022

chovendo no molhado!

exagero

sim exagero

passo de limites

abstraio

saio da realidade

viajo

em nuvens

não maionese

sou fluído

virei vapor

mudei de estado

agora sólido

quase rocha

gelo

que derrete

evapora

vira nuvem

se liquefaz

em ciclos sistémicos

orbitais

agora erráticos

pela mão do homem

ser

humano!


music

música para os meus

ouvidos

não que seja

lá do melhor agrado

mas pelo menos 

não fere os tímpanos

então deixa

deixa rolar

é festa

é churras

cerva

fartura

e falta

coisa pra caramba

falta vergonha

na cara

no corpo

& alma

soul

sou energia

sou magnético

ima

energético

tomada macho

e não fêmea

tomado de assalto

mãos pra cima

um susto

e tanto

quanto

enquanto

...

isso

...

Das Kapital

vou tratar de fazer magia

bruxaria

encantado

...

encantado com as coisas da vida

guerra

mortes

implosão de economias

dinheiros sem valor

produtos sem comprador

o dinheiro manda

money ordena

tudo

as mais variadas

contradições

vamos defender a paz

lutando

vamos acabar com a guerra

armando

terminemos com a fome

botando gado no pasto

na floresta

seria mais preciso

queima

...

taca gasolina na madeira

na mata

abre clareiras

de sei lá quantos mil metros

ocupa

toma posse

agora é tua

...

festa

é tudo festa

de criaturas bizarras

maldosas

carregadas de rancor

desde cedo

desde sempre

...

hienas

...

comem merda

dão risadas

que bosta!

num sabe? num brinca!

gota-serena

danado da vida

bravo

e advinha com quem?

eu mesmo

só piso na bola

tropeço no toco

acerto o dedo na quina

ou na mega-sena

ruim no jogo

pior

amor

lúdico

prazer

diversão

versão

verso grande

grandão

palavras

palavra grande

palavrão

palavra de honra

fio de bigode

confiança

compromisso

mas também

buceta

com os fios aparados

de um jeito especifico

posso ter a honra

...

de brincar ai

neste lugar aconchegante

prometo só fazer besteiras

as piores possíveis!

sábado, 5 de março de 2022

diversos

desculpe

sou errôneo

sou errado

meio humano

insano

louco

pirado

pira

fogo

fogueira

calor

...

sou calor aqueço

corações

aqueço corpos

sou calórico

um doce

de abobora

de mamão

de uma mão

me de sua mão

quero fazer

besteiras

com ela

atos insólitos

obscenos

outros variados

bem

diversificados!

chute

penso coisas

depois esqueço

deveria tomar notas

mas também esqueço

sou esquecido

irrequieto

perdido

absorto

abstraído

fluído

sou uns fluídos corporais

que se juntaram

e resolveram dividir

em muitas outras células

virei um corpo

um ser 

com data de validade

que enquanto não chega

vai chutar

o balde!

un, dos.

garganta profunda

tanto ouvi falar

nunca assisti

achava melhor que ver

fazer

e quando dava fazia

de conta

de jeito

sem

sem jeito nenhum

a quem quero

enganar

ludibriar

iludir

destro

com duas mão esquerdas

estorvo

desastre

nada de lojas e cristais

posso me transformar

em elefante

de oito patas

dois rabos

duas trombas

hummmm

...

duas trombas

não seriam nada de mal!

me dou

saí

saí dando pulinhos

de alegria

pulava de um lado

de outro

e nem sabia

o motivo

e nem tinha

por que?

devo de ser bobo

isso explica

quase tudo

jamais a totalidade

o todo

foderoso

poderoso

deus

coisa que não sou

longe disso

sou daquilo

do avesso

dos versos

sou um verso

e me ofereço a ti

cariño!

sexta-feira, 4 de março de 2022

sem importância

por vezes envaidecido

Narciso

entorpecido pelo ego

com um baita topete

topetudo

tudo

tudo gira

gira em torno

de mim

o centro

de um universo

na verdade

um simples verso

sem pretensão

intenção

que não sejam

as piores possíveis

as mais toscas

minhas

sinceras alegrias

alergias

orgias

...

putaria

tudo putaria

tudo poesia

rima

ou sem rima

pouco importa

que se importa!

tal e qual!

viro o copo

jogo pra dentro

bebo

...

bêbado

cambaleante

ébrio

delirante cantando

no chuveiro

uma letra

sem música

sem sons

letras

poesia

não poesia

montes de palavras

sem sentido

sem ligação

soltas

num imenso espaço

não literal

não material

...

digital

diga 

e coisa e tal

qual!

mude

agonizo

esperneio

berro

praguejo

no meio da praça

no meio do público

mundo

o que acontece?

o que pasá?

tá tudo alterado

tudo mudado

para pior

é uma ansiedade por heróis

heróis de guerra

que merda

heróis a torto

e a direita

e esquerda também

não quero lideres

não quero mártires

que ditam

regras espúrias

sem causa

nem efeito

nulas

...

mulas

somos mulas de carga

carregamos de tudo

de um lado

para outro

fazemos as mais diversas coisas

do outro lado do mundo

e depois trazemos

transportamos

emporcalhando tudo

pelo caminho

...

da roça

e vai

vai embora

pela estrada a fora

bem contente

olhando pra frente

e se quiser altere

apenas o que pensas

apenas isso!


na face

e lá vamos

nós

em uma pequena jornada

viagem

passeio

chamado vida

vamos

vamos viver

o dia-a-dia

a noite-a-noite

vamos

tamos juntos

nem juntinhos

como dois passarinhos

em um galho

com os bicos colados

namoricando

...

deixa

deixa eu pegar tua mão

mas calma

não peço nada

além da pegada

somente quero

um contato

um olhar

tocar

de leve

um choque

elétrico

alta voltagem

amperagem

melhor não 

...

muita carga para coração

muita areia para caminhão

chuva em horta

mas se não se importar

lhe mando um beijo

na bochecha!