Ops, gozei!
i'm sorry
foi sem querer
querendo
como diria aquele personagem
do Chaves
as chaves
as merdas das chaves
que abrem portas
porteiras
portinholas
olho mágico
de vidro
o telhado é frágil
jogue pedra não
que não vou limpar
nada disso
nem cacos
nem pedaços
percalcos
digo percalços
singularidade!
vai
vai fazer o que lhe der na telha
uma ideia
um sonho
planos
múltiplos planos
sem cronograma
sem pesquisa de mercado
vai no olho
nos trancos
barrancos
branco
um branco da porra
não lembro palavra
queria usar
terrível
que faço agora?
vou ter que improvisar
espera ai
segura
tai a palavra que queria lembrar
improviso
tudo não passa de imprevisto
um acaso
destino
ou desatino?
ansioso
acelerado
maluco
da cabeça
ou doente
do pé
os dois
ao mesmo tempo
os dois
sou quase nada autentico
para não dizer falsificado
produto barato
de banca
ambulante
caixeiro viajante
vendendo enciclopédia
de porta
em porta
dizendo:
Olá,tudo bem?
tô vendendo
quer comprar?
baratinho
uns poucos dinheirinhos
pagam por tudo isso
conhecimentos
fatos históricos
episódios
novos
um novo episódio
a cada dia
novas aventuras
novas terras
adios monotonia!
vocireraei
putz
como se escreve esta palavra
se é que escreve
pode estar errada
não está certa
só quero dizer
vou vociferar algo
bradarei aos tantos cantos
berrarei do fundo dos pulmões
clamarei
gritarei
algo
algum dia
de forma distópica
que é contrario de utópica
utopia
imagem destruída
quebrada
algo próximo do aniquilar
foda-se o resto
taca o dedo nesta merda!
o que falar
já não sei mais
nem menos
do que sabia ontem
e o que sei agora
um pequeno salto
um pulinho de merda
tropeço
por isso peço
me de seu nome
telefone
pescoço
me de
peço na boa
sem nenhum descaramento
muito pelo contrário
me faltou palavra
e agora me veio
polite
cortês
posso inclusive
lhe fazer a corte
que tal uma bimbada
uma trepada
fodida
bem dada!
Acredito e pronto
se quiser chamar de fé
de crença
desespero
chame do que quiser
quisera eu
chamar de tudo
o que for querer
dar nomes aos bois
pixar muro de esquina
com palavra feia
bem feia
quisera
ter poderes
mágicos
práticos
virtuais
deixando marcas
digitais
digitalizadas
em tinta
papel
ou leitor ótico
que ótimo
quem dera
escrever versos
sem me dar conta do tempo
sem dar corda no tempo
sem dar
um tempo!
caneta na mão
escrevendo
em pequeno bloco
de notas
antigo
me leva aos primórdios
de quando invadia o papel
com palavras
versos
e outros textos
desconexos
indiscretos
sujos
um som mais agudo
profundo
tudo no papiro
na tinta
vintage
puta que o pariu
me tornei saudosista
tudo o que eu queria
em tom de sarcasmo
e digo isso
em bom tom
e pronto!
* escrito em 28;01;22 no final da tarde
indubitavelmente
nem conteste
é assim mesmo
vou perdendo palavras
pelo caminho
vou esquecendo versos
pelo tempo
um prejuízo incalculável
para a humanidade
vai deixar de ler
monte de coisas
umas com nexo
outra com sexo
plexo
perplexo
me vejo escrevendo algo
que não tem pé
nem cabeça!
tempestade
copo d'água
tanto bate
fura
fúria
de gigantes
e pequenos também
ódio
raiva
incomensurável
irremediável
imbecil
sim
em resumo imbecilidade
de deixar levar
pela brabeza
pela tolice
pensamento raso
deve de ser
preguiça de pensar
ou burrice mesmo
bem que o burro
nada tenha à ver com isso
nada mesmo!
o tempo em linha
linear
passando
no seu tempo
que ironia
gira
gira palavra
e volta
a casa de saída
joguem os dados
inicie a partida
vamos passar
o tempo
passatempo
jogo de tabuleiro
virtual
digital
e coisa
tal
&
etc e tal!
já já
já vou lá
só vou ali
e volto em seguida
tipo ir num pé
voltar noutro
pá
pum
um peido
bem fedido
barulhento
quase excremento
como já disse
fedorento
um poema que fede
como nos humanos
fedemos
exalamos
soltamos
nossos fluídos
sejam gasosos
sólidos
líquidos
que M!
saiu meio truncado
o ultimo
verso
o que escrevi
logo agora
a pouco
foi falha
de comunicação
houve pouco diálogo
conversar
mas pelo menos algum sexo
algum sexo rolou
bom
ruim
dependendo do dia
da hora
momento
tudo depende
esta ligado
tudo interligado
esta unido
com cola de contato
super goma
bonder
me passa
passa a cola aí!
nossa
tudo tem que ficar
ligado
acesso
preso
nossa
que coisa é essa
essa coisa de esquecer
o start
ligado
em 220
volts
na tomada
gambiarra
e gasta
de torrar
desperdiçar
jogar pela janela
ignorar
fazer de que não viu
então veja
a cagada que anda
fazendo
literalmente
cagando
...
andando
...
pé com pano
pé sem pano
talarico
Ricardão
pata negra
sinônimos
quase a mesma coisa
bem similar
a mesma imagem
semelhança
me parece
assim
uma cópia mal feita
malfeitor
aquele que faz malfeito
e se é pra
fazer
faça
bem feito
senão
não faça!
a cigarrets pls
ou tem um cigarro pra me arrumar
descolar
fornecer
preciso
preciso fumar
um tabaco
nicotina
alcatrão
e um montão
de outros produtos
químicos
tóxicos
cancerígenos
fodoes
fudidões
fundições
fornalhas
fumaça
então deve de haver
fogo
fogueira
incêndio
taca
taca gasolina
pra ver se apaga
na duvida
sai na carreira.
não pregar prego
sem estopa
não atar
nem desatar
no mais popular
não caga
nem desocupa a mata
sai
sai fora
se afaste de eu
me erra
tudo isso assim
e nem sei porque
ou por que
sim
porque sim não é resposta
muito menos pergunta
então questione-me
do jeito queira
se quiser é claro
tudo uma questão
de sim
ou não!
sastifeito
satisfeito
empapuçado
forrado
mero momento
tolo pensamento
que tive agora
e nem me lembro
mais
e
como dizem
esqueceu
não era importante
uma conjectura qualquer
pressentimento
suposição
suponho eu
uma presunção
pressuponho
que tudo não passou de sonho
uma imaginada
divagada
desvio.
caçoando
tirando sarro
brincando
de fazer de conta
de médico
especialista
deixa eu escutar aqui
verificar acolá
num tem jeito
vai ter que tomar
vacina
no braço
ou na bundinha
a escolha é sua
se não quiser ficar
barrado
no baile
no campeonato
num país da Oceania
exercendo a liberdade
de ser idiota!
...
imbecil!
ia de novo
começar com eu
tudo eu
tudo meu
meu modo de viver
pensar
escrever
minha fórmula mágica
sem nenhuma magia
pura ironia
a minha
intenso sarcasmo
o meu
eu
novamente eu
quero dominar o mundo
invadir
tomar
conquistar
espaços
para colocar
verso em todo lugar
todo mesmo
a esmo
escrevo
versos!
abilolado
tolo
lesado
lançando versos malucos
amalucados
no ambiente digital
e coisa e tal
também no espaço
sideral
no mundo real
de faz de conta
de mentira
fake
fake mundo
o mundo
todo mundo
todos no mundo
falsos
somos de mentirinha
uma teoria conspiratória
história revista
uma revista já lida
janela já vista
uma varanda
com uma bela
vista!
hoje queria um tema
qualquer
pra modo di escrevinhar
poema
então melhor dizer
poetizar
versar
vasculhar
os jogos de palavras
as letras adequadas
acentos e pontos
nem ligo
uso um aqui
outro ali
alinhavando
costurando
esboçando um sorriso
um riso qualquer
risada engasgada
travada
guardada a sete chaves
lista para ser liberada!
vou
...
pela estrada a fora
bem contente
engendrando um plano
a feitura de algo
transformação de outro
algo
algo inusitado
diferente
bem pensado
mas como
minha habilidade
zero
à esquerda
nulo
meio burro
empacado
estagnado
parado
no ponto do ônibus
quinze pra meia-noite
sozinho
antes que mal
acompanhado
solitário no meio do nada
um deserto
mero local
vazio
mas pra falar a verdade
acompanhado
e toma
que a conta é tua!
pô cara!
marquei bobeira
fiz besteira
a minha vida
toda
ou pelo menos
um bom bocado
dela
troquei pés por mãos
virei de ponta cabeça
fiquei de patas
pro ar
capotei
fui como diria Pessoa
vil
vilão
bandido
foragido
fui como diria Bukowski
um passáro
uma ave azul
aprisionada
numa gaiola
num coração
sonho
em voar
bater assas
planar
pelo azul do céu
pelo infinito
afora!
o verso anterior
saiu ao contrário
ao inverso
comecei pelo título
quase nunca faço isso
vou escrevendo
e depois penso
em títularizar
dar nomes
aos bois
aos filhos
filhas
ao pouco que acredito
que levo fé
tenha agradecido
incrédulo
...
não
não acredito
em quase nada
quase ninguém
inclusive você
e muito menos
eu!
aperte o play
rode a fita
película
filme
vida
que seja premiere
que seja repeteco
reprise
novo episódio
capítulo
que seja algo diferente
como dizem
invente
tente
tente tudo
menos saltar de janela
dar tiro na testa
enfiar uma corda
no pescoço
invente
formas nova de se divertir
de brincar
rir
chorar
seja
seja palhaço frente ao espelho
seja vilão na caída da noite
protagonista no resto do dia
e a noite
a noite vá descansar
vá dançar
dar
dar uma pensada
sei lá
estou apenas
divagando!
vuco-vuco
fuk-fuk
fuck
foda-se
você
e suas teses mirabolantes
de conspirações
constipações
cagalhões
camarões
são as mães
camarão é a mãe
de todos os males
de tudo o que fales
merda
pela boca à fora
intestino não
travadão
nem agulha passa
nem gases
tampouco frases
com alguma realidade
mi-carême
micareta
um carnaval fora de hora
disseminando vírus
uma bosta!
sacana
no momento certo
sei ser
e igualmente
incerto
o tempo inadequado
inusitado
inapropriado
vou
te sacanear
uma sacanagem levezinha
tipo assim arrepiar os pelos
da nuca
braços
coxas
e adjacências
os arredores
e tudo o mais
que possa alcançar
acessar
decifrar
pois já sei
sua senha
password
palavra
passe
te ativar
sistema!
um desastre
mais um
que não será resolvido
nem esclarecido
entrou num limbo
deu perdido
se fez de egípcio
rosto prum lado
bola pra frente
atrás vem gente
disputando a porra do dinheiro
a ferro
a fogo
jogo belicoso
jogo de guerra
war
onde os que ficam pelo caminho
são risco calculado
inevitável
afinal
...
quem se importa
saindo das manchetes
já elvis
já era
mais uns túmulos
lápides
covas rasas
sem placas!
uma música antiga
que dizia
digo diz
"botaram poesia
onde devia
e onde não devia"
devia de ser
coisa de doido
metido a poeta
desviado da métrica
dos sons
fonética
me dê ai uma rima
jogo de palavras
palavrões
palavrinhas
de brincadeirinha
se sabe brincar
brinque!
amanhã
é outro dia
pode parecer bobagem
mas é isso mesmo
futuro
ainda não aconteceu
rolou
ira rolar
ainda
muita coisa até lá
rolarão pedras
pelotas
bolotas
em movimento
perpétuo
constante
incessante
como areia a cair
ampulheta
como água corrente
correndo
corredeira
nademos
nademos contra
que é mais divertido!
ouço sons ao longe
vozes
latidos
zunidos
escuto
...
sons mais perto
um arroto
um farfalho
zunidos
creio que os zunidos
estão ganhando
são os que mais repetem
algo tipo continuun
sempre rodando
igual roda
ligeiro
ininterrupto
infinito
definitivo
e zune
sem parar!
devo di ser louco
lelé da cuca
perturbado
das ideias
deve de ser doido
só isso
explica
o jeito de ser
o escrever
poetizar
sonhar
somente desta forma
encontro explicação
de outra não
já tentei várias
e deu ruim
não deu certo
sem encaixe
fios soltos
pensamentos vazios
vadios
pueris
ingênuos.
tava pensando
escrevo
ou não escrevo
eis a questão
a pergunta de 1 milhão
então
a resposta deve valer
uns dois
milhões
deve admitir
que fiquei tentado
a dizer
2 milhão
errado
isso mesmo un error
equivoco
deslize
na maionese
casca de banana
meleca
é só deslizar
e se estatelar!
eu facínora
vil
facínorando
vilipendiando
por aí
a solta
a esmo
eu mesmo
frente a um espelho
me olhando
me querendo
amando
...
odiando
apenas quebrando o gelo
monotonia
rasgando
...
rasgando o papel
se lixando
limpando
limpei
limpei a bunda
depois que caguei
fiz literalmente
merda
e cagou
tem que limpar!
vou pescar um sonho
meu sonho
na beira de um desfiladeiro
no topo da lua
em uma estrela
lá nos confins do universo
ninguém merece
ou sim
mereço
por querer o justo
a justiça
meu pedaço de pizza
de bolo
torta
tortuoso
monstro
monstruoso
pacífico
porém
belicoso
te belisco
nas ancas
mordo
...
de leve
pra modo de
causar arrupio!
tolo
belo adjetivo
que me descreve
na quase totalidade
digo quase
pois tenho muitos outros
subjetivos
objetivos
menos óbvios
mais escrachados
enganchados em fios
como tênis usados
cartazes colados
em muros
nas vielas
becos
de minha cachola
obra
sim
minha obra
que me encanta fazer
me deslumbra em dar forma
vida
minha vida
descrita assim
tão pequenina!
saindo fora
da casinha
da casca
bolha
saindo
...
saindo de banda
a todo pinote
nem olhando pra trás
mal deixando pegadas
marcas
solte
...
as amarras
incendeie as naus
barcaças
ponha fogo em tudo
não deixe possibilidade
de volta
volte
...
a seguir caminho
a ir sempre ir
em frente
rumo ao inconsciente
ao presente
onipresente
apresente
...
a sua cara
o seu espelho
reflexo
torto
nada direito!
a perfeição
imperfeita
mera ilustração
alheia
aos sonhos
desejos
planos
por mais que desenhe
não adianta
tem que ser obra-prima
coisa de cinema
pintura
música
e mesmo assim
imperfeições
fazem parte
são arte
fazemos parte
estamos contidos
na busca
da felicidade
da feliz idade
que tiveres agora
não importa!
já perdi a paciência
tão temprano
no ano que entra
porra
que porra é esta
minha impaciência
minha pressa
antecedência
eu que antecedo problemas
que impaciente desejo
desejos
ansejos
louco
perdido
um dito
não dito
maldito
amaldiçoado
a bem
abençoado
caçoado
irritado
comigo mesmo
entojo
enjoado
cansado
resumindo
é isso!
rejúbilo-me
comigo mesmo
intenso
exitação
me exita minha existência
as inúmeras possibilidades
variáveis
invariáveis
densas
suaves
me dê me
o teu corpo
tua alma
tua mente
assim de presente
de final de ano
ou começo de outro
gift
regalo
me regale
um sorriso
um beijo
abraço
somente isso espero
quero
desejo
além de outras coisas mais
muito mais
tem muito mais
de onde veio isso!
retrospecto
penso
lembro
dou replay
no ano que passou
o que fiz
deixei de fazer
o que pensei
deixei de pensar
o que escrevei
e que não deu tempo
de transcrever
passar pro papel
digo
tela
...
tela em branco
tempo novo que se apresenta
tudo branco
ou negro
vazio
ainda não vivido
não poetizado
ironizado
sinta meu tom de sarcasmo
e outra palavra que me fugiu
da mente
deu branco
novamente!
