ficou uma merda
uma pá
um monte
de merda
eu sei
mas não pude evitar
foi evacuando
vindo a tona
vazando
em um ventilador
deixando sujeira
odor
quer dizer
fedor
fedor de merda
de bosta
quantas fezes
uma verdadeira merda!
ficou uma merda
uma pá
um monte
de merda
eu sei
mas não pude evitar
foi evacuando
vindo a tona
vazando
em um ventilador
deixando sujeira
odor
quer dizer
fedor
fedor de merda
de bosta
quantas fezes
uma verdadeira merda!
mais um ano chega ao fim
são resoluções
recordações
retrospectivas
é vida que vai
vida que vem
vai & vem
amém
amem
a torto e a direito
o certo
o errado
seja franco consigo mesmo
é o mínimo que se espera
e ponto
novo paragrafo
nova linha
como se tudo depende-se
de uma volta ao redor
do sol
existem outras coisas
involucradas
mas nem vou falar delas
cada um que veja seus temas
as escolhas são próprias.
vou escrever
não!
não vou não
caso faça
sairei da linha
e se vier o trem
eu perco
e perco também a história
o trem
a história
deu pra entender
ou quer que eu desenhe
ou escreva
capiche?
mas eu
eu não entendi nada
passei pelos tempos
sem saber o que precisava
e de tempos em tempos
dava uma olhada
em alguma coisa ilustrada
e dava risada
pior
que era de minha própria cara
que piada
sem graça
sem riso
nexo
humm
pelo menos quem sabe rolava sexo
fuc fuc
vuco-vuco
isso naquilo.
esfrego as mãos nas faces
cansaço
fadiga
tô ficando véio
o corpo já não responde
de forma adequada
aparecem coisas
temos que tomar outras tantas
dizer o que?
...
faz parte da vida
uma nova etapa
novo momento
novas descobertas
alguns esquecimentos
o que mesmo
eu estava fazendo?
não sei
parei no meio do verso
sem poder ir em frente
e muito menos voltar atrás
empaquei
feito burro
igual teimoso
já quase idoso
e o pior de tudo
é não ter tomado jeito!
a uma distância segura
mantenho-me
de minhas próprias loucuras
as mais loucas
sórdidas
sombrias
por medida de segurança
...
seguro a onda
aguento a barra
resvalo
quase caio
quase
...
um bólido
um corpo em movimento
massa
velocidade
e nada de frenagem
não pretendo parar
...
teleguiado
rádio controlado
remoto
robô
autômato
sem mente
sem vida
um amontoado de carne
de ossos
fluidos
...
machina!
acabei de me apaixonar
por um verso
e foi o anterior
amei de paixão
é muito eu
é muito tudo
universal
e gostaria que sai-se por ai
pelo mundo
de mente em mente
atingindo muitas gentes
feito vírus
uma gripe
amor
sim, amor seria mais preciso
mais necessário
amável de minha parte
igual sorriso
por isso sorrio a toa
frente ao espelho
sozinho
verso
não em prosa
em verso
poesia
de mim
pra voce!
ieu ia de novo falando de sonhos
quase que ia
mas não vou não
vou tratar de outras coisas
outros temas
coisas diversas
tipo ilusões
eu
que me iludo o tempo todo
o tolo
tolo de sempre
tolo de tudo
tolamente
totalmente
sem mente
sem racionalidade
verdade
sou
o palhaço descabelado
o louco que anda pelado
o bobo que sonha acordado
não!!
sonho não!
tentei não tocar no assunto
e me flagrei tocando
me peguei sonhando
um sonho!
travei
nas ideias parei
de pensar
fiquei num vácuo
vacuum cleaner
aspirador de pensamentos
inspira
da choque
arrepia
o couro cabeludo
os pelos do suvaco
do saco
...
que saco
sem fundo
de estopa
...
que saco
sacola
sacola de feira
sacola de compras
de viagem
...
que saco
sacolejo
balança tudo
treme
treme-treme
risca-faca
muquifo
...
saco
uma bandeira branca
PAZ!
no sentido restrito
tudo
friamente calculado
como já dizia
El Chapulín Colorado
ao inverso do planejado
estrategicamente equivocado
tiro n'água
no nada
vazio
o anti-herói
o fajuto
bufão
que se diverte sozinho
com os seus brinquedinhos
segredinhos
coisa boba sem sentido
tola
uma tolice
tolice em forma de verso
só pra te deixar
sem ar
sem fala
...
melhor não falar nada
mesmo!
um estranhamento inicial
não posso negar
inclusive
creio que normal
pelo menos pra mim
que sou marinheiro de muitas viagens
a primeira já foi a tempos
tempos pequenos
tempos humanos
analógicos
digitais
e coisa tais
tal
qual
qualquer maneira
de qualquer jeito
um beijo na bochecha
um queijo
uma goiabada
um Romeu
uma Julieta.
estando
de estar
de permanecer
habitar
um mundo
um planeta
que flutua no espaço
no infinito
universo
multi
muitos versos
e anversos também
não poderiam faltar
tudo um jogo
uma mistura
mezcla
de matéria escura
...
clara
ovo
óvulo
semente
que brota
nasce
cresce e vive
infinitamente
pra sempre!
me fugiu agora
me falta agora
criatividade
inventividade
uma merda de uma ideia
o que fazer?
o que escrever?
versar
...
um verso
digamos eficaz
pode ser de caos
pode ser de calma
de guerra
paz
...
paspalho
que pensa assim
circular
dando voltas
sempre em um movimento
ineficaz
...
antagônico
a si mesmo
que contradição
maldição
raios
raios duplos
raios triplos
que mico
paguei
...
isto não faz o menor sentido
tudo
sim tudo
o meu entorno
nas adjacências
redondezas
ao redor
localidade
veja ai no gps
maps
latitudes
longitudes
marcos tridimencionais
transcendentais
e coisa
e tais
tais coisas que nos deixam loucos
da cabeça
loucos
de tipo chutar pedra
dar murro em ponta de faca
mandar para aquele lugar
vai
vai de uma vez
vai de uma vez por todas
hasta la vista baby.
rabo d'arraia
rabo de saia
rabo
não o meu
outrem
outra pessoa
o meu não
já tá bão
me dou por satisfeito
me vejo rarefeito
pouco denso
leve
igual pluma
uma pena
ave
voando
...
pelo céu afora
pelo mundo a fora
perambulando
andando
um pé
depois outro
numa sequência
não sequencial.
colei
as duas partes da cabeça
que haviam quebrado
colei com cola
cola de madeira
cara de pau
olhando
protegendo
cuidando
digamos fazendo a sua parte
um
um aparte nesta historia
neste verso
que desliza
que navega
abrindo espaços
desbravando mares
lugares
em sua frente segue
a cara feia
cara sisuda
sombria
mas é só isso
uma face não bonita!
mostro os dentes
e se ouvir direito
vai ver que também rosno
e mordo
mordo doído
de mansinho
firme
deixo marcas
marcas de dentes
sisos
caninos
e outros
outros dentes
feroz
....
ferocidade
da boca pra fora
do jeito que queira
basta pedir
...
peça
...
então peça
peça logo que estou meio ocupado
escrevendo um verso
um poema
ou um teorema
de verdade!
os sonhos
ahh os sonhos
sonhos em que me afundo
aprofundo
vou fundo
até o limite
dos sonhos
que me perseguem
me fazem de bobo
me encantam
os sonhos
que me deixam louco
lelé da cuca
doente da cabeça
vai lá saber o que é?
sonho
sonho acordado
sonho dormindo
caminhando
parado
e até arriscaria
arriscaria dizer
que sou um sonho
melhor dizendo
pesadelo!
degrau por degrau
pé pós pé
passo a passo
dez
descompasso
me atingiu em cheio
quase que me derruba
mas não
estou aqui
ainda
ainda de pé
um passo depois de outro
subindo cada degrau de cada vez
igual criança
aprendendo a andar
sabendo que cair é uma possibilidade
nada mais que isso
fifty-fifty.
juntando uns cobres
os caraminguá
as miudezas
pra comprar
consumir
gastar
tudo
o que restou
sobrou
cortando laços
amarras
soltando os barcos
deriva
navega ao sabor dos ventos
das águas
flutua
como se estivesse na lua
sem travas
sem nada
nem gravidade
zero!
andando de maneira irrisória
se é que existe isso
caso negativo
não tem relevância não
uma sensação somente
uma tentação de sempre
e tento
e tento
o tempo todo e nada
tudo virou o nada
e nada mais se fala
de tudo isso
...
mas
...
espere
...
tenho que falar algo
somente não sei bem o que
meio confuso
obscuro
cadê a porra da lanterna
não enxergo nada!
desconectado da realidade
fora do ar
sem pé e cabeça
nas nuvens
vens
vens das nuvens
da lua
ponte que partiu
pariu
pare!
...
bem aí onde está
neste lugar
não sai daí
deste espaço singular
um canto
um tanto quântico
descontinuado
um tanto quanto físico
formulado
tanto
...
orgânico
um produto químico
ligado a outro
ser simbiótico
combinação!
pisando em ovos
quebrando tudo
fazendo uma omelete
aproveite tudo
nada deve se perder
escapar
um olhar
um sorriso
piscar
o uc piscou
e como não iria
deixar de piscar
quase impossível
algo certo
destino
...
desatino
...
desalinho
...
enquanto vem vindo
eu já estou indo
de volta
ao ponto de partida
início
começo de tudo!
penso
logo desisto
vou para outro tema
outra narrativa
outra visão
emoção
de pensar tantas coisas
num mesmo tempo
como se coubesse tudo
em mesmo lugar
bi-dimensional
tri-dimensional
muitas dimensões
as mais variadas
umas apimentadas
algumas sem sabor algum
o negócio é experimentar
provar
xeretar
tentativas
erros
acertos!
mudando o tom
e também a tonalidade
sintonia fina
ajuste de curso
de rumo
por caminhos tortos
sempre
caminhos demorados
normalmente
para causar adrenalina
batimentos acelerados
pra lá de rápidos
e rasteiros
só para falar um ditado popular
que significa veloz
sem enrolar
logo eu
um novelo perfeito!
suave en la nave
o en el coche
hacia a las estrellas
distantes
lejanas
como yo
mundano
si
soy del mondo
soy del todo
soy universo
extraño
en el nido
passarinho
digo pájaro
que voa
mejor decir vuela
este fallo
fallando
el sistema se bloqueó
desconecto.
obcecado pelo novo
um pacote de presente
ainda fechado
empacotado
de conteúdo desconhecido
surpresa
que espero seja
dos 50% bons
afinal mereço
sempre fui bom moço
e agora bom quase velho
a meio caminho
no meio do caminho
tinha
...
não!
não vou falar de pedra
de pedra não
chega
desisto das pedras
que tal umas flores
umas plantas
plantinhas!
livre
absolutamente livre
anárquico
desconectado
texto
texto que escrevo
em verso e verso
pelo verso
perverso
malvado
poema malvado
cheio de maldade
mas da boa
maldade boa
crueldade mediana
caixa craniana danificada
ainda na fábrica
na produção
são parafusos que faltam
partes desreguladas
soltas
fazendo barulho
de maneira livre
libertária!
modo de vida gringo
ianque
tiros
mortos
feridos
sem sentido
apenas objetivo
resolvamos tudo no tiro
nas armas
batalhas
e as escaramuças
as conspirações
pirações
rezando em alto brado som
celular nas cabeças
luzes acessas
mentes apagadas
lavagem cerebral
só pode ser
o cu anão
seita maldita
seguidores zumbis
igual filme de hollywood
enlatado importado!
gracias a la vida
que ha dado tanto
agradecido
por esta música inclusive
mui bela
uma aquarela
pintura
obra prima
de tão bela
tão fera
humor de dragão
temperamento forte
que sorte
a minha
minha sorte
que somente não sei
si buena o mala!
me afago
sim isso mesmo
auto-carinho
no ego
logo eu cego
de um olho ou dois
nem me lembro
justo eu mudo
com muitas papas na língua
poucas falas
alguma escrita
imagine eu parado
estacionado no tempo
um monumento
estatua
e leva cagada de pombo
urinada
que cheiro ruim
fede pra valer
mesmo
...
eu mesmo já fiz tantas coisas
que hoje parecem poucas
eu a esmo escrevi tantas outras
no dia de hoje
pequeninas
versinhos
poeminhas
plavrinhas!
tinha
tinha que rolar mais um
meu toque
minha ansiedade
não me deixam mentir
precisava fechar o número
nº 30
trinta
diga
trinta e três
que tal
brinquemos de médico
eu e você
posso te examinar
da cabeça aos pés
posso te conhecer
um bocado mais
a cada centímetro
e dar um veredito
um diagnostico
e uma medicina
aplicação de injeção
e vai ter que ser na bundinha!
pintando o sete
que bagunça
confusão
me encanta
somente para sair do sério
ser perverso
ser um verso
por um só dia
que transita
por entre mentes
por entre telas
e outros aparatos afins
afinidade
sou a fim
estou a fim
de bagunçar com tudo
de ser obtuso
não ter noção
um pouquinho
um pequeno espaço temporal
segundo!
vou te contar
não
melhor não
nada contarei
vou apenas descrever
escrever
juntar letras
formar palavras
frases
versos
como se tudo não passasse
de uma brincadeira
un juguete
broma
uma piada sem graça
sem cor
sem sabor
....
insonsa.
água de salsicha
cheia de corantes
de toxinas
e outras cositas mas
desprezível
inútil
sem servir pra nada
nada mesmo
que perda de tempo
meu tempo
que nada faço
a não ser atentar contra a poesia
rabiscar versos a esmo
ferver umas salsichas
só para ficar com a água
inutilmente
água de salsicha
que merda
...
merda de poesia
este poema
poema de salsa de salchicha.
um mais
mais um verso
meio transverso
atravessado
engasgado
sufocou
mas que sufoco
a corda já aperta o pescoço
o alçapão começa a abrir
e o vazio
o desconhecido
inesperado
joguei
joguei para o infinito
para o universo
lancei mensagens a quatros cantos
e mais alguns lugares
e adjacências
só para garantir
só isso!
médio
mediano
meridiano
semicírculo máximo
dois polos
um planeta
um mapa
uma merda de mapa
mapinha
mapeando
o céu
uma estrela longínqua
quase sumida nos confins
confins do verso
universo
expansão
movimento
variadíssimas direções
parece até que explodiu!
aproveita
que estou bonzinho
calmo
tranquilo
e desembucha
manda a letra
fala logo
não tenho tempo
pra quase nada
muito menos espaço
em meu entorno
...
vazio
...
tudo vazio
apenas poucos moveis
algumas pinturas
talvez um vaso
que com certeza ficaria vazio
então não
deixa quieto
passemos para outra coisa
pensando bem já deu
o mínimo que preciso
pra levar a vida
no bem
no bom
que bom
que bem
bem-bom!
parte do todo
o todo
em partes
fatiado
pronto pra viagem
delivery de tudo
um pouco
pedaço
aos pedaços
esfacelados
partidos
na metade
em quatro partes
inúmeros cacos
de vidro
vidros coloridos
vidros transparentes
lisos
canelados
curvos
para todos os usos
e utilidades
use!
e se eu lhe disser?
que isso aqui é o que tenho
de melhor
que vem do meu íntimo
âmago
vai chocar?
que choque então
estarreça
boquiaberto fique
é assim bem simples
my best
minha besta
quadrada
triangular
retangular
formas variadas
estados também
hora matéria
hora etéreo
stéreo
sound round
mono
barulhinho.
erros e cálculos
sempre andam juntos
de mãos dadas
abraçados
um descuido basta
pra que um passe a perna no outro
chances iguais
resultados nem tanto
me encantam as dúvidas
as opções
hoje uma coisa
amanhã outra
que tosca
esta rima
tosca
nem rimou direito
limou
passou lima
afiou
a língua
a mesma que passo
eu teu clitóris
tua vagina
diliça!
com o perdão da má palavra
falo
o que me vier a mente
sem filtro
sem lente
minto
digo verdades
omito
o que for preciso
escancaro
o que me for bem-visto
foi
fui
passear na floresta
enquanto seu lobo
não vem
e nem sou chapeuzinho
ou vozinha
muito menos caçador
já o lobo não sei
talvez seja
ou não seja
fica a interrogação?
o costume
a rotina
quase me impedem
de estar aqui
escrevendo
azar o seu
pois vou falar de você
ai
lendo
o que fazes da vida?
o que pensas em vida?
o que vives?
em um espaço fechado
uma casa
um carro
barraco
barraca
home sweet home
lar
pátria
latrina
tudo a mesma merda
até o pescoço
não
não se mexa
estagna
para
congelado!
impreciso
deixei marcas no tempo
pegadas no espaço
rastros
para que me encontrem
no vasto espaço
nos cabelos de um sovaco
pentelhos de uma chana
ein!
que me chama
que me incomoda
distrai
me faz sair do foco
viajar
fui
sai de viagem
sem bagagem
sem passagem
destino
somente fui
fluindo por ai
fazendo de conta que voava
que flutuava
olhava
você se despir
inteiramente nua
que formossura!
não era verbo
e eu quico?
não era sinônimo
e eu com isso?
não era verso
mas mesmo assim insisto
e escrevo
desenvolvo
vivo
isso
de poetizar momentos
mesmo que insignificantes
putz!
onde estava?
perdi fio e meada
perdi rumo e a direção
me perdi em sonhos
realidades
mentiras
mentindo a mim mesmo
sonhando a esmo
sou real
existo
só isso!
estranho
tive a impressão de que entrei
sem abrir a porta
passei direto
vai ver
vai ver por que já estava aberta
escancarada
que coisa mais non-sense
sem razão
sem ilusão
um ato
ato aleatório
circunstancial
fortuito
deixando esta dúvida
será?
será que porta fechada me impediria
de adentrar
pular pra dentro
chegar
...
chegando
cheguei
baixei
saravei!
poison
fui envenenado
poesia
plantas
formigas
pedras
bichos
gente
eu
eu mesmo em verso
em rima
sem sincronia
nem harmonia
um aglomerado de palavras
monte de coisas ditas
e outras tantas soltas
sem conexão
ligação
poetizo
contínuo
sigo
mastigando palavras
em forma de versos
e me enveneno mais
a cada dia!
não peço desculpas
não peço faz tempo
apenas faço
o meu melhor
quem não gostou
um braço
passar bem
até logo
hasta la vista baby
não invento mentiras
também faz tempo
apenas falo
o que vem na cabeça
sai de supetão
quando vejo tá feito
não agrido ninguém
e nem lembro quanto tempo faz
pra mim optou pela violência
estupido
um asno
um sem argumento
um desargumentado
não xingo pessoas
bem
pensando bem xingo sim
todo dia e a toda hora
é palavrão pra cá
palavrinha pra lá
monte de impropérios
não poesio nada
mentira
mentira deslavada
se tentativa vale
fiz algo a pouco tempo atrás
diria minutos
digo agora!
vou plantar na cerca
um monte de mudas
tudo trepadeira
vou plantar bananeira
de cabeça pra baixo
outra visão
chão vira céu
céu vira chão
pés
mãos
é muita emoção
ver o contrário
ao contrário melhor dizendo
tudo do avesso
quase outro mundo
fantasias
mentiras
crendices
quem?
quem disse?
que isso poderia ficar assim
se enganou
não pode não
façamos então diferente
as possibilidades são múltiplas
infinitas.
laríngeo
falando
respirando
engolindo
a seco
um bocado de coisas
umas boas
outras nem tanto
nem tento
só me atenho
aos pormenores
entrelinhas
estrelinhas
que brilham no céu
mui distantes
longínquas
em algum lugar do todo
de tudo
em nossa volta
que nos envolve
realidade
virtualidade
eternidade
...
divirto-me
escrevendo estas coisas
minhas
de minha cabeça
energia
de alta voltagem
continua
alternada
variável
...
e varia
varia das ideias
dos caminhos
métodos
todos eles diversos
invariavelmente novo
todo dia se renovando
em busca
de sabedoria
do querer saber
mais e mais sempre
insaciavelmente!
vejamos
o que temos para hoje
espero
como sempre
que seja algo bom
mas bom mesmo
um bombom
não
não posso
no sugar
nada de docinhos
bolinhos
tortinhas
lamento não
faz parte
isso e tantas outras coisas
coisas de arrepiar os cabelos
travar o cu
bambear as pernas
doutro mundo
hummm
é mais deste mesmo
tava aqui este tempo todo
no lodo
esgoto
fossa
...
merda!
parece ter bicho-carpinteiro
ter formigas no traseiro
desassossegado
sem hora pra nada
inquieto
...
na mente
em mente pensamentos
montes e mais montes
centenas
milhares
centenas de milharas
quiçá
seja assim o existir
quem sabe
eu?
não tenho a menor ideia!
pleno
seria pouco a dizer
disso tudo que nos cerca
as cercas
os abismos
os vales
rios
tudo isso
e muito mais
muito outras coisas
grandes
pequenas
medianas
e um certo ar
de melancolia
tristeza
silencio
não buzine
área hospitalar
faça silêncio
porra!
orgasmático
ejaculo
gozo
em tua cara palavras
as minhas palavras
sinceras
corretas e ao mesmo tempo
incorretas
sem correção
palavras ao vento
palavras de dentro
alento
tormento
e depois
bonança
vamos encher a pança
maltratar o figádo
se entupir de álcool
e comida
comilança
...
que se exploda!
aprofundo a tese
aquela que não sei mais
o que dizia
ou diria
eu
reles mortal
pleno em erros
acertos
mas nada de bem
sou do mal
sou do bem
na mesma intensidade
sou carrasco
sou vítima
juiz
em meu próprio julgamento
réu
acusado
dedo apontado
que hilário
totalmente cômico
ser um ser
orgânico!
escrevo coisas
sem saber no que vai dar
aleatório
vou discorrendo
formando palavras
frases
versos
e arriscaria dizer poemas
eu
que não sigo regras
não me atenho a medidas
tampouco rimas
falso
fake
fakepoet
facínora
que ignora regras
passa por cima de verbos
inventa palavras
que não dizem nada!
estupendo
o estúpido
a estupidez humana
tudo barganha
tudo farinha de mesmo saco
em brigas por coisas pequenas
miúdas
e também antigas
ultrapassadas
evoluamos
passemos a outro estágio
fase
mudemos os rumos
desta nau sem direção
todos ganham
menos eu
menos você
e um monte de gente
monte mesmo
tipo montanha
colina
sambaqui
formigueiro
mudemos pequenas coisas
do dia-a-dia
step by step!
se não me engano
a toda hora
engano-me
um bobo
sem corte
tolo
escrevendo coisas
que não se enquadram em nada
e nem justificam fins
muito menos meios
o cerne
a questão
me responda-me então
de supetão
o que vier na cabeça
a pergunta que vou lhe fazer
de um momento a outro
a qualquer instante
surpresa
quando menos esperar
a senhorita mete?
filosofando um pouco
pensei
que tá tudo virado
de ponta-cabeça
pernas pro ar
avariado
avariaram tudo
planeta
clima
civilização
sim
alteraram tudo
mudaram rumo de rios
tacaram areia na praia
sugaram fundo
extraíram tudo
secura
tudo seco
inunda tudo
desaba
expele
Gaia tá uma fera
e vai revidar
com força
quase louca
aterradora!
fauna
a mais variada possível
inimaginável
um pendurado em caminhão
outros marchando em porta de quartel
cantando hino e saudando
o Führer
uns enfiando o dedo no cú
e cheirando
degradação
crédito a mentiras
em lorotas
imaginário popular
de gado
de rebanho
bando
bando de ensandecidos
doidos varridos
criminosos
...
foras da lei!
dizer o que
né?
lembrar do Hommer sumindo no arbusto
é clássico
é pop
ícone
mercadoria
vendida e vendida
várias vezes
infinitas inserções
pega mais que canção
que chiclete
sabor tutti fruta
todas as fruit
numa ensalada de frutas
sem açucar
que já não posso
somente polpas e sucos
sabores
cores
cheiros
que sinto
...
é isso!
fluindo
por todos os lados
todos os buracos
orifícios
exalo
cheiros
sons
sentidos
como se fosse múltiplo
variado
incomum
uno
mas não de carro
de unidade
único
não que isso seja bom
nem que seja ruim
apenas sendo
apenas sentindo
fluindo!
sem ideias
distraído
diria até mesmo perdido
pedindo
coisas sem sentido
desejos diluídos
sonhos
meus mais sonhados
sonhos
tolices
bestices
bobeiras
coisas minhas
que administro
dia após dias
como se fosse rotina
repetia
repito hoje o mesmo de ontem
e penso
...
este filme já vi!
me acalmo
penso em algo
me divirto
mexendo em teu umbigo
abstraio
em um mundo abstrato
meio de fantasia
meio de magia
encantamento
dos bons
das boas
das energias
sóis
estrelas
planetas
tudo movimento
tudo vida
sentimento
sinta
respira
caminha
o caminho pouco importa
mas som o destino
vá lá
bata na porta!
pernas curtas
as mentiras
fake news
possuem
prefiro as largas
imensas
longas
pernas
pra que te quero
para olhar
explorar
devorar
deglutir
sem mastigar
engolir e verter
verter palavras
engolir palavras
expulsar frases
versos
poemas
largos
imensos
longos
...
ou não!
vergonha
pouca é bobagem
vergonha
alheia diverte
diverge
incrimina
desatina
disparata
disparatado
em disparada
mundo a fora
andando ser parar
sem dar sinal de que lado irá virar
nenhum sinal
barbeiragem crua
navalha na carne
crua
carne nua
peladinha
quero a vida assim
sem segredos
minha!
foi somente uma bombinha
um traque
granadinha
coisa pouca
estilhaço
pipoco
e lá vai ministro
chefe de polícia
política
e a PF deu linha
puxou o carro
rabinho entre as pernas
afinal o cara é rico
poderoso
amigo do chefe
se fosse pobre
estava lá num porta-malas
gás de chorar
e perninhas
as perninhas balangando até a morte
balançando
entre a vida
e não mais respirou
pequena
...
pequena granada
bombinha
traque
pequena
vida!
sou enorme
grande
gigante
do tamanho do mundo
de tudo em sua volta
mas por sorte
meu ego é pequenino
quase inexistente
detalhe
mira
foque nos detalhes
pequenos traços
pequenos versos
poesias
e sinta
o meu amor
amor na escrita
nas palavras
palavrinhas
minhas
minhas queridas
infinitas
universais.
meio cômico
inviável
um delito
rito
ou apenas dito
popular
da elite
ralé
pé-rapado
apagado
desbotado
descolorido
tudo desconstruindo-se
desfazendo-se
se somente se
entendesse de lógica
não estaria aqui
se por se
se porque
senão se
foda!
pisando no escuro
um pouco
todos os dias
e tudo se ilumina
saltando no vazio
flutuando em sonhos tolos
e tudo se preenche
até mesmo o vazio
o escuro
estranho
me estranho
vejo um outro sujeito
com um jeito
não sei
uma forma
de verso
de poema
poesia
nada vazio
nada escuro
sou luz
existo!
inflexão
o mundo anda dobrado
do lado errado
mudado
desviado
tudo ao contrário
são costumes
são os deuses
os entes
doentes
todos sem destino
perdidos
em éticas
nas morais
cívicas
direitos
deveres
igual fossem carapuças
toucas ninja
disfarce
quem sabe um bigode
uma barba
cabeça raspada.
de tudo isso
só posso dizer uma coisa
é muita
coisa!
que coisa
tratemos então de coisar
o que é coisar?
oras bolas!
são coisas
as mais variadas
as mais diversas
únicas
lúdicas
que podemos fazer
sem choro nem vela
sem pudor nem torpor
uma nuvem um vapor
d'água
chuva
que molha
que refresca
lava
mata
uma coisa forçuda
uma força de coisa
afinal
que coisa!
de olhos bem abertos
que nada
mais que tudo distraído
em outro mundo
lua
...
nua
vejo ela nua
desnuda
quase pura
in natura
melhor assim
pureza muita atrapalha
uma certa picância
uma pimenta
verde
vermelha
dormência
...
demência
a minha
loucura
do dia-a-dia
todos os dias
as horas
subindo paredes
andando no ar
saindo para uma viagem espacial
especial
dimais da conta
da hora!
intelijumento
uma mistura
de inteligente
com jumento
entendeu?
quer que desenhe?
mas não vai rolar
sentimento
não vai não
desenho mal de montão
na certeza causaria mais confusão
complicação
mas que
que complicado
tudo isso que vejo
que vivo
sinto
são muitos detalhes
quase como entalhes
quase como símbolos
detalhes
uns hieroglifos escritos em negrito
a muito tempo atrás
lá no passado!
sabia
eu sabia
já não sei mais
sei de nada não
emburreci
desaprendi
involui
me tornei opaco
sem cor
sem sabor
aguado
quase lucido
quase acido
básico
não fedendo
nem cheirando
irrelevante
um tanto faz
um tanto fez
não visível.
lacônico e grosso
quase mudo
meio surdo
torto
com defeitos com certeza
vício de origem
desde o começo
desde a fabricação
ou antes mesmo
bem antes
mas
antes que mais nada digo
que é isso
que algo não deu certo
na fórmula
na receita
massa
de encéfalos
encefálica
cinzenta
que processa
...
processando
...
a todo o momento
tudo que é coisa
tudo que é jeito
pensa
passa
permanece
no mesmo tempo
no mesmo espaço
parado
igual estátua
de mármore
ou
marshmello
caramelo
perdi o elo
conexão
...
fora do ar!
atônito
plenamente admirado
espantado
parecendo ter visto fantasma
assombração
alma penada
sem penas
depenada
que graça
sem
esta rima ínfima
assombrado
todo cagado
mijado
fedendo mais que sovaco
no fim do dia
entalado
enlatado
enfurnado
na condução
trem
metro
busão
barca da desilusão.
equivocados
meus olhos enxergam
desfocados
focado
foca
olha o que está em tua frente
não vedes?
toma usa estes óculos
são meus
mas quem sabe ajudem
deem uma mãozinha
ou quem sabe uma vistinha
un visto bueno
autografo
faz uns garranchos aqui
que tá beleza
é o que basta
mera formalidade
é somente um contrato
com o diabo
com o trabalho
com o teu rabo
vai correr atrás dele
vai!
uma batalha
de lama
de camisetas molhadas
toalhadas
nas nádegas
deve arder
deve mesmo
mas tapinha de amor
não dói
não machuca
cocegas
ai sim a tortura ideal
tirando risos
rindo
brincando
de faz de conta
de médico
esconde-esconde
põe e tira
mergulha
em seios
em coxas
vaginas
ou como se diria em inglês
vagina!
não irei falar coisas sérias
nem temas concretos
prefiro as bobagens
os chistes
trocadilhos
semelhanças
diferenças
mais divertido
um misto
de drama
de comédia
cômico
se não fosse trágico
uma farsa
tudo
tudo uma farsa
cenários
contextos
otários
objetos
conspiração!
loucura
loucura que me domina
que me ensina
guia
à pisar no vazio
precipício
princípio
início
e começa a partida
cartas distribuídas
marcadas
manchadas
já vistas
a olho nu
no olho do cu
na bunda do urubu
buuu
te assustei?
tesouro
mais o menos escondido
por certo esquecido
perdido
sem mapa sem coordenadas
sem papas nem línguas
somente contradições
contradiga então
e diga o que pensas
pensando bem
não digas não
pois já sei
sei muito bem
sei sem querer
acaso
interferência benvinda
devida
dívida
palavra
palavras minhas
dispersas
escritas
expostas em um mundo digital
virtual
etc & tal!
o inevitável
imprevisto
improviso
deixando o texto de lado
largando o roteiro no chão
migalhas de sinalização
com uma tocha na mão
acessa
arremesso nos barcos
de madeira
que estala
se transforma
queima
fogueira
dancem ao pé do fogo
no calor das chamas
loucura
que doidera!
festa
em tudo que é lado
de tudo que é jeito
pra todos os gostos
muito blá blá blá
estremos volumes
e a cachaça
rolando a solta
desembestando
festa
festa cívica
de nenhum civismo
patriótica
que de pátria nada
progressista
que é só atraso
me sinto cabisbaixo
em votar
em modelos esgotados
em segredos não revelados
em outros escancarados
arregaço
arrego
peço água
bandeira branca
não tendo o que fazer
L.
personagem
bizarra
grotesca
babaca
ainda vem de bata
fantasia
alegoria
ria
ria, pois este
é teu país
tua nação
quanta enrolação
embromation
fachadas
sem nada sem placas
sem cara nem nomes
sem paz em guerra
pé
pé de guerra
uns contra outros
e outros mais somente olhando
sem fazer nada
porra nenhuma!
ideias
que fluem
esvaem
ao mesmo tempo
sucessão de eventos
relativamente
o infinito
o contínuo perpetuo
um símbolo
dos novos tempos
que se aproximam
vem chegando
rápido
rasteiro
repetitivo
fluxos
influxos
evolução
involução
vai
...
volta!
os olhos faíscam
ao te ver passar
tal qual brisa
tal qual vento
tormenta
várias fases
vários tempos
tempos verbais
tempos astrais
temporais
o cérebro em curto
curto-circuito
choque
pegou no tranco
e saiu rodando
de pronto
bate-pronto
na lata
cara
face
face news
fake news
taqueo pariu
ponte
que partiu!
muy retardado
descompensado
uma pilha de nervos
ando
de um lado a outro
irritado
ranzinza
amenizo apenas
em poucos momentos
poucos minutos
que medito
penso
imagino
sonho
sorrio
mesmo sozinho
dedilhando teclas
escrevendo
nem do jeito certo
nem errado
mas o meu
meu modo de ver
as coisas
que brilham
pululam
como se cogumelos fossem
brotam
igual planta
arbusto
árvore
vivem e pronto!
estarrecido
olhos esbugalhados
boquiaberto
com tudo isso ao redor
é paulada
cusparada
chute no saco
tiro
a queima-roupa
pau
saliva
testículo
bala
na cara
no torso
membros
eretos
flácidos
tortos & direitos
tanto faz
as bundas
são as de sempre!
transitório
que transita
de passagem
pede licença
e vai
vai em seu caminho
buscando destino
deixando para trás
desatino
desalinho
vínculo
pegada
nem pegada deixou
tipo flutuou
fluiu
no vapor
evaporou
transmutou
se transformou
em alguma outra coisa
que não esperava
efetivamente
não esperava!
uma fábula
que não conta história nenhuma
apenas fala
fala versos
versos sem sentido
descabelados
despenteados
desesperados
opacos
sem cor nenhuma na verdade
descolorido
desbotado
que coisa
que engraçado
coisa de bobo
de tolo
uma anedota
lorota
que coisa
jocoso
uma zombaria
ria
ria frente ao espelho
de seu rosto
como sempre!
apresentando as atrações de hoje
neste lado temos
o candidato fálico
que falha pra caralho
que quer briga
saidinha
de moto
quer brincar de casinha
com um segurança
um gnomo
uma luta
num tatame
e
do outro lado do ringue
um outro candidato
que tudo bem se livrou
mas ainda tem o que explicar
muito do que foi passado
não
não são páginas viradas
estão lá marcadas
esperando resposta
então
mesmo assim
fico com o velhinho barbudo
já meio caquético
pois com o outro
não tem jeito não
naninha
chega de ladainha
chega de lero-lero
vá se foder falastrão
dia 2 chegando!
dez e oito
dezoito
e dezoito
hora igual
deve ser um sinal
uma mensagem divina
um acaso
singularidade
algo que ocorre
com certa frequência
algumas vezes ao dia
horas
horas repetidas
sessão da tarde
repeteco
figurinha
difícil quase impossível
daquelas de copa
de jogo
competição
...
circo
sem pão!
benvenuto
que venha o novo
que venga el toro
ou de toro
venha o novo
venha sonoro
estridente
causando arregaço
fazendo barulho
batendo bumbo
...
tambor
bata atabaque
as mãos
aplauda
de pé
preferencialmente
de modo eloquente
caliente
...
quente
pelando
e esquentando mais ainda
bota
bota fogo na fornalha
lenha
queima
aquece
vira energia
que poda acender
uma rua
uma via
um planeta
Terra
nossa
nossa terrinha querida
tão ferida
tão violada
sugada
e mesmo assim
ainda é casa
lar
doce
lar!
mãos ao alto
isso é um assalto
a mão armada
pátria armada
gente armada
vai passando o voto
pra cá
já não é mais teu
perdeu
playboy
play
...
mobil
boneco
brinquedo
juguete
jogo
que vença o melhor
ou melhor o menos ruim
não esse tal
de coisa ruim!
protesto
veementemente
reclamo
do que tiver que reclamar
assim é
mas tudo a meu jeito
de minha forma
contexto
num texto
nuns versos
poesia
que maravilha
que coisa linda
Poemacracia
imagine
como seria
um governo poético
uma utopia
um sonho
era brincadeirinha!
estabilishment
querem estabelecer
nova ordem mundial
mas como?
se nem a atual aceitamos
como?
não sei
não tenho resposta
somente perguntas
que coisa
coisa escrota
chega a ser tola
um sarro
de sua cara
a minha
a nossa
bunda
sempre na mira
canhões
misseis
teleguiados
boooom
se foi mais um
mundo
mais um muro
corpo
hora da morte: 19:06
três mal-dadas
ou uma boa
quem sabe meia-boca
de raspão
tirando tinta do travessão
que achas?
e olha que quem acha
procura
uma busca infinita
meio difusa
direções
caminhos
variações
são
de forma diversa
um formato
redondo
pizza
tudo acaba
nela
sim
a pizza
uma verdadeira salada!
umas palavras
que saltitam
pululam
urram
...
de prazer
de querer
desejar
mais
e mais
...
umas verdades
mal contadas
male-male
meia bocas
fechadas
...
na cara
às pressas
com raiva
bateu
com a cara
um muro
...
umas poesias
sem pé
cabeça
coerência
concordância
muito menos
rimas
...
poema lúdico
um insulto
um carinho
um bocadinho de tudo isso
e mais um beijinho.
um passo
um tempo
que só estava de passagem
passageiro
rápido
certeiro
em cheio
pleno
bastante pleno
cheio
repleto de momentos
lotado de sonhos
e muitos
enganos
e acertos também
muitos
muitos poucos
a conta-gotas
medida
uma fita
uma métrica
nenhuma
estética
ética
esta última muito menos
ou mais
que demais!
escrever
ou não escrever
tá aí a pergunta
que não quer calar
porque
no te callas
en las calles
escrevendo em muros
uns versos
umas poucas rimas
umas tantas silabas
vocábulos
ritmos
sons
são sons
ruídos
barulhos
todos
todos sem exceção
estranhos
estranhos sons
que escuto
em meu ouvido
terei eu enlouquecido?
tranquilo
estranhamente no sossego
paz
mesmo o clima
guerra
declarada
velada
levada a sério
na brincadeira
falastrice
falastrão
engana a todos
todos que quiserem
sem distinção
por falar mesmices
pensar tolices
exercer o ódio
nossa como odeio
odeio muito tudo isso
escaramuças
ameaças
farsas
múltiplas farsas
farpas
felpas
no dedo
naquele dedo!
exatidão
exato
exatamente
que dois mais dois
são qualquer coisa
que não 4
4x4
de quatro
4 patas ao ar
cuatro rimas
quatre versets
four poems
poesia
inexata
inexato
inexatamente
existindo
ou mesmo tempo
não!
is the question!
com o intuito de
sempre
o pior possível
impossível
plausível
imagine
algo aceitável
ah tudo bem
d'esta vez passa
olhe para o outro lado
lado do muro
da bolha
mundo
mundo misturado
mas homogeneizado
pasteurizado
empacotado
disponível para entrega
a caminho
chegou
na porta de sua casa
delivery
poucas horas.
e os fatos concretos
palpáveis
inexistentes
contradição
...
contrai
o músculo latente
pendente
ardente
...
esvai
líquidos
pelos poros
pelos
orifícios
...
retrai
um dos orifícios
conforme já dito
que nem agulha passa
...
vai
vai que é tua
tua vez
tua mina
tua vida
...
vai
vai tomar
vai tomar banho de canequinha.
num vai
num vai sair por aí
de qualquer maneira
qualquer besteira
de forma ligeira
faceira
de modo on line
ligadona
dedo na tomada
220
não vai não
pois não deixarei
impedirei
de forma
maneira
modo
que esteja a mão
até mesmo um bofetão
no escutador
de novela
nas zoreias
orelha
orelhuda
nuda
nua
despontou no horizonte a Lua
e nada pude fazer
nadinha!
tá dificurtoso
não vou dizer que está fácil
mas se vai tocando a viola
pondo um disco na vitrola
bala na agulha
o problema maior
é não ter viola
e tampouco saber tocar
é não ter vitrola
muito menos disco
o que tocar?
bala
e a bala
a bala descartei
lancei no espaço
pra longe
não estou afim de atirar
em nada
em ninguém
putz
...
interompeu fodeu
fui!
surrupiei um verso
de algum lugar
que não sei chegar
nem sei como fui parar
lá
larápio
ladrão
mero paspalhão
que não sabe onde por as mãos
nos bolsos
em teus peitos
meu saco
todo sem jeito
elefante
loja de cristais
não
não vai prestar
e nem prestaria
de qualquer forma
um desastre eminente
fail
erro
errou o alvo
num tantão assim ô!
meio que deixando
as tolices de lado
as mesmices numa estante
as bestices no lugar
que besta
besta quadrada
ou ao quadrado
décima potência
infinito
infinitamente desembestado
saiu na correria
mundo a fora
deixando apenas rastro
apenas migalhas
pegadas
marcas
marcas temporais
marcas materiais
sensoriais
e coisa tais
e tal
qual!
ficou estranho
dava outra conotação
parecia agressão
palavras ásperas
palavrões
de arrepiar os cabelos
do saco
sovaco
cocuruto
tudo que é pelo
cabelo
ouriça
nuca
orelha
pele
toda a extensão
cada centímetro
pedacinho do corpo.
chacoalho
algumas palavras
de forma intensa
enérgica
para que acordem
acordem do sonho
que já tenho outro pronto
engatilhado
listo
atiro
disparo
uma frase
uma sequência de frases
amontoadas
empilhadas
e formam
formam uma sequência
caminho
trilha
siga
siga o chefe
os pedaços
o momento
siga
e pronto!
estereotipado
chipado
alien
alienado
doido varrido
pra debaixo do tapete
baixo da mesa
poeira
das estrelas
dos planetas
gametas
e outras
coisas mais
e mais
um monte
montanhas de coisas
umas sobre as outras
outras sobre uma
uma fábula
um conto
poema
me fiz poema
poesia.
deu vontade
de não escrever nada
parei
frente a tela em branco
abortei a ideia que tinha
arremeti
voei pra longe
distante
bem distante
de mim mesmo
que doido!
que doidera
besteira
a minha
mas não
não me fiz de rogado
acabou
quase no fim
parou!
uma pequena frase
um efeito
um chamativo
motivo
para deslanchar palavras
soltar amarras
poetizar a alma
amada
Dulcineia
moinhos
monstros
enfrentados todos dias
uma verdadeira carnificina
chacina
da língua portuguesa
simbologia
escrita
palavras escritas
em muro
diziam
Olá
como vai você?
de passagem
brevemente por estas paragens
parando
brevemente
mero instante para o tempo
o tempo mais amplo
mais fora de si
e de mi
e passa
passa cometa
estrela
planeta
passa
...
passam as gentes
nascem as sementes
brotam crianças
aos montes
passam
...
passa boi
boiada
passa bosta
cagada
todo borrado
passa
...
passam as mãos
naquilo
nisso
nisso mesmo que está pensando
imaginando
se masturbando
passam
...
as aves
voando
os bichos
brincando
e eu?
sonhando.
pinto pra fora
pra quem quiser ver
se quiser tocar
também pode
fazer uma ode
esteja à vontade
apesar de minha falta
de simetria
nada certinho
meio torto
capenga
tenta de novo
se arrebenta
mas vai lá
está lá
batendo na mesma tecla
matéria
material
materializa
já!
língua de fora
mostrando mesmo
pra quem quiser ver
mas não sou gênio
apenas um bobo
sem corte
sem coroa
ouro
que bobo
que muito bobo
bobo na casca do ovo
que acredita em sonhos
em desejos
segredos
me diga o seu
no pé de meu ouvido
sou todo
ouvidos
sou todo esquecido
tolo
um bobinho!
ia falar novamente da mesmice
do dia-a-dia
rotina
mas vou não
vou escrachar o mundo
este nosso mundo
sem pé nem cabeça
este nosso mundo
sem razão ou lógica
tudo
tudo de pernas ao ar
virado ao contrário
do que devia ser
de problemas
só temos este
resolveu isso
arreglo tudo!
rebimbocas e parafusetas
tem algo desregulado
fora do lugar
estragado
em meus neurônios
já não confio mais
nem menos
tudo dentro do normal
habitual
costume
me faz lembrar alguma coisa
que já esqueci
evaporou-se
escafedeu
mas não
não falar fodeu
senão fica repetitivo
frequente
aqui tá frio
aqui tá quente
como sempre!
tapando os olhos
contando até dez
pronto
lá vou eu brincando
pega-pega
vou procurar
e vou achar
vasculho os lugares conhecidos
ou nem tanto
um monte de coisas
umas coisas estranhas
outras bacanas
que legal
que banal
um verso e tal
parece encheção de linguiça
enrolação
um novelo
de lã
somente.
momento de
...
pronto já passou
estamos em outro
outro momento
um novo
e pronto
outro
...
infinitamente
se movendo
tempo movediço
que nos envolve
que nos devora
mastiga
e cospe fora
e nos tornamos outra
outra coisa
em outro tempo
momento
a merda do momento
momentaneamente apareceu
de novo
e de novo
novamente
parecendo não ter fim
...
será?
vou pra lá
venho pra cá
em andar aleatório
vadio
sem destino
e nem partida
apenas uma vida
inteirinha
caminhando
...
e caminhando mais ainda
em uma busca
uma procura
a procura de um sonho
um sonho para chamar de meu
todinho meu
simples
banal
diria até
ordinário
coisa de dia-a-dia
noite-a-noite
tardinha
um passo
depois outro
um sonho
apenas um
sem planos b.
títulos
nomes & sobrenomes
apelidos
pequeno nome
nomezinho
homenzinho muito filho da puta
um inseto
uma pulga
um verme
simmm um verme
da pior espécime
um nosferatu
um demônio
um coisa-ruim
um militarzinho de merda
capitãozinho
uma noivinha
tchutchuquinha
que gracinha
ao contar mentiras
a não ter o que dizer
que não fake
news
...
fofoqueira
vizinha
má menina.
havia certa sonoridade
musicalidade
no que havia escrito
um ritmo
forma distinta
o obvio
uma música
um som
poema
é pura poesia
é puta poesia
intensa maestria
e modestamente não estou
nem aí
só vim aqui para teclar
teclar estas teclas
escrever palavras
poemas
minha vida!
ia escrever algo
mas já não vou mais
mudei de ideia
alterei as ideias
pensando
de forma pensada
presada
passada
um pensamento
sem nexo
sem sexo
putaria
sem porra nenhuma
em branco
deu branco
no que pensaria agora
na sequência
somente aparência
pesava
eu!
um brinde
uma prenda
recompensa
terás
se me obsequiar
com algo que eu queira
ainda não sei
o que seria
sério
carrancudo
obtuso
estúpido
mas
...
que estupidez a minha
não saber o que quero
tão fácil
um bitoquinha
umas chupadinhas
penetração
apenas isso
neste sequência tá bom
não precisa mais nada não!
pode-se dizer
que seja um poeta
alguém
que brinque com as palavras
de forma não básica
meio desconjuntada
descomplicada
...
pode-se dizer
que talvez não seja por acaso
seja de propósito mesmo
atuando
...
pode-se dizer
que lhe brilha a mente
em choques incessantes
descarga elétrica
materializando
...
pode-se dizer
que seja apenas ficção
pra não dizer miragem
paisagem
delirando
...
pode-se dizer
que digam
o que que quiserem
pouco lhe importa
realidade ou sonho
tudo questão da percepção
imaginação
...
fode-se por dizer
o que condizer!
pau de galinheiro
imundo
sujo
mais que tudo
nem tanto tem coisa pior
e melhor também
dubiedade
uma coisa
ou outra
escolha
escolha suas armas
duelemos
é tiro pra cada lado
onde foi apontado
errou por um tantinho
acertou no alvo
errado
o certo seria o adversário
e não o próprio pé!
vocifero
ponho pra fora
vomito
um punhado de coisas
sons
palavras
palavra de honra
lhe digo verdades
pelo menos as minhas
que creio que sejam
em algo condizentes
que façam sentido
coerentes
ou que não façam
sentido algum
tanto faz
como fez
nada
nada de mais
só não venha me dizer
mentiras!
genes
dnas
rnas
citosinas
guaninas
tudo junto
tudo misturado
uma nova vida
um ser
uma nova história
jornada
e que seja linda
somente isso peço
nada mais
na maior parte do tempo flores
alguns contratempos
somente ensinar
aprendizado do zero
começo
nova partida
nova gente
pessoa
seja muito bem-vinda!
eiras
beiras
nenhuma das duas
somente pirambeira
subidas
descidas
pra cima
pra baixo
um barco a favor das ondas
uma tormenta
sedenta
mas passa
afinal como dizem
vem ai bonança
tranquilidade
segurança
vem caminhando a danada
bem devagarinho
sem problemas
quando chegar
será muito bem vinda!
homogêneo
homogeneidade
obvio
que obviedade
como um mais um
igual a dois
mas vão dizer que não
que é tudo invenção
conspiração
estratagema
não isso não
nem sabem o que significa
um plano
um engano
confusão
confuso
não
é assim mesmo
tem gente que vive
em planeta plano
meio margarita
meio toscana
uma pizza
meio a meio
meia boca
que coisa!
enquanto isso
em longínquas paragens
algo acontece
algo estranho
misterioso
nebuloso
é fogo
nas fornalhas fogo
labaredas
fumaças
queima
tudo pelo caminho
plantas
carvão
petróleo
tudo igual
algo lhe soa parecido
pois então bem-vindos
a um planeta outrora mais azul
uma tal de Terra!
mal feito
ah os mal-feitos
coisa maldita
algo bendito
um fruto
uma fruta
uma gota
um orvalho
nasce
nasce bicho
planta
gente
a todo momento
ato continuo
continuado
inexato
um orgasmo
uns orgasmos... múltiplos
dilícia!
sonhos
não mais que isso
profecias
profecias não lidas
não escritas
ditas
bendita sois vós
vós sois
um Sol
que brilha
aquece
e se marcar queima
a pele
a cara
alma
torra tudo em seu caminho
por isso
bem mansinho
pé por pé
mão por mão
olho
humm
melhor deixar o olho
de fora disso
seja lá qual seja!
insólitos
impropérios a esmo
torto e direito
esquerda ou direita
paz e não a guerra
vamos fazer as pazes
dar as mãos
e deixar ver o que rola
quem sabe
...
quem poderia saber
a não ser
você
sim
você
não se faz de otário
desentendido
perdido
é tu mesmo
sem bromas
sem risos
sem palavras
símbolos
destes de carinhas
destes de coisinhas
muitas
e outras cosas mas
que coisa
somente imaginei
apenas isso!
atento
muy atento
nem me atenho
ou dou bola
difícil
uma rocha
uma pedra
cascalho
algo mineral
o tamanho tanto faz
o fez
ou irá fazer
sei lá
somente resolvi caminhar
a um novo mundo
o nova forma de fazer as coisas
somente as boas
e algumas más também
afinal
não és de ferro!
por esta não esperava
uma piscadela da luz
um acabou
voltou
pá & pum
rapidim
quase um coelho
quase lua
quase o coelho da lua
cheia
auuuuuu!
vou uivar
feito cachorro louco
lobo
bobo
um bobão de marca maior
bufão
a fazer bufanagens
ou coisa parecida!
queria falar
do quântico
da quântica
física
astro
magia
mas nada sei
e por isso não falarei
senão vou dizer bobagem
nada sei já disse
mas digo de novo
novamente
e repito
nada sei
talvez
pensando bem
saiba de algo
um algo
algo de escrever no vazio
pixar o espaço
urinar no tempo
coçar o saco na esquina
afinal
o que mais esperava
de mim!
enfia
palavra em lugar errado
onde não devia
era proibido
fora da lei
dentro de incerto espaço
tempo inexato
sem ponteiros
sem segundos
apenas momentos
medição estranha
sem pontos
sem referências
aleatórias
apoteóticas
apocalíticas
uma bomba basta
fim da linha
acabou
acabou!
imagine
ser mais um
um sonhador
que sonha
sonha em verso
em prosa
inventa um mundo
um faz de conta
e olha
é fácil se você tentar
tente
nada tens a perder
é tudo frágil
tudo fachada
set de filmagem
te enganam
te enganas
engana
a si próprio
e outros também
amém
tratemos de pisar no amanhã
agora mesmo!
e agora
o que é que vou
escrever
já sei que estou variando
pra variar
não
seria muito repeteco
reprise
sessão da tarde
assiste
assiste de novo
novamente
repetidamente
inevitavelmente
totalmente
incoerente
indubitavelmente
indecente
palavra indecente
que falta decência
sem nenhuma decência!
apenas
,,,
uma poesia
daquelas não escritas
ainda
segue escondida
pode ser embaixo de uma pedra
uma rocha
magia
que ironia
que num passe
mágica
feitiçaria
forças naturais
energias primordiais
átomos acelerados
mundos acabam
mundos nascem
renascem
tudo
tudo não passa
de querer
por querer
foi
de propósito!
um inicio
um ápice
finale
gran final
apoteose
carnaval
tudo neste país
é festa
com palhaço
bixiga
dança
de umas cadeiras
quem avança
quem recua
estratégia
bate
apanha
uma farsa
comédia
drama
dramaleão mexicano
novela
série
produzido em série
e não submetido ao controle de qualidade.
esta bom
tá bom
não faço não
somente uma passadinha
uma esfregadinha
cabecinha
porei
de fora d'água
cabeça acima da linha
na risca
guilhotina
corta
cortando
decepando
um monte de sonhos
apenas sonhos
e nada de mais!
no meio do verso
me vi perdido
sem direção
sem sentido
que novidade
nova esta que já é velha
conhecida
é o dia-a-dia de sempre
a rotina
movimento idêntico
igualzinho o de ontem
sempre
igual
repetitivo
reprise
um filme
filme de sessão de tarde
ou de noite
manhã
cena mesma
máquina e não mais gente!
singelo
gostaria de selo
pelo menos as vezes
uma
ou outra
vez
só para variar
uma mudança de ares
toque diferente
olhar insistente
nos defeitos
os meus logicamente
ou racional
razão
cálculos
números
fórmulas
de resultados inconsistentes
indefinidos
nem certo
nem errado
misto!
soy doido
soy loco
por ti américa
americano
latino
que não fala latim
que não diz saúde
no atchinn
não me apetece
o contato
mais intimo
mais próximo
sexo
vamos?
vamos meter e deixa de conversa mole
chuco
chuco
nela!
pop
é papa
é agro
o diabo a quatro
de quatro
foda-se
um enorme pinto
lhe enrabe
invada
na hora
que seja necessário
você otário ... palhaço
cara pintada
de pinto e não de tinta
do mostrar imagens
de peitos
de colos
de úteros
abutres
aves de rapina
rapinando!
na dependência da demência
loucura
ou quase
faltou em pelinho apenas
um detalhe
singularidade
infinita
ínfima
uma fração
um momento
apenas peço isso
como ultimo pedido
mas como não será agora
vou buscando outras coisas
que pedir
uma mina que tal?
de belos seios
e bela bunda
cara também
uma miss
modelo
manequim
espantalho
fico espantando
me espanto
em segundo
mero segundo!
ai que saudade
de vir aqui
dedilhar palavras
que formam versos
poemas
poemas disformes
de formas
impróprias
sem nenhuma propriedade
amorfas
quase névoa
neblina
fumaça fina
úmida
acqua
líquida
que bobagem
afinal somos 3/4 água
h20
e o resto
o resto é tátil
é mais frágil
superficial
aquilo que fica
na superfície!
una película
um filme
daqueles de terror barato
de baixo orçamento
pouca bufunfa
grana
o enredo também
de baixa qualidade
ou nenhuma
trash
...
lixo
...
bom pra caramba
diverte às pampas
que bacana
os atores
todos mambembes
canastrões
carentes de edição
uma farsa
...
comédia
...
drama
...
novela que não tem começo
nem fim
infinita ...
estranho
...
falando de forma sarcástica
hilária
eloquente
pera
pera aí
um pouco
deixa eu pensar
sobre o tema
pois não funciono assim
no repente
no derrepente
na palavra errada
de escrita incorreta
tudo junto
e devia ser separado
interessante isso mudou
mudou meu mundo
me deixou boquiaberto
diria até estarrecido!
me incomodam
geralmente
pequenas letras erradas
fora de lugar
atravessadas
na garganta
por exemplo
me desestabiliza
tira do sério
linha
na verdade algo irrisório
pequeno
de pequenos resquícios
mínimos traços
átomos
soltei o verbo
em algum lugar
tempo
e ficou rolando por ai
sem dono
foi batendo aqui
rebatendo lá
acolá
um pouquinho mais adiante
chegou em outros planetas
ou sistemas
outras melhor dizendo
dimensões
fluíram
fluindo
igual vírus
infectando!
bobagens que dizemos
em variados momentos
de diferentes formas
querendo ou sem
como diria El Chavo
foi sem querer
querendo
um deslize
engano
pisada na bola
e foram muitas
muitas mesmo
bobagem
sou uma bobagem ambulante
de um lado a outro
bobeando
dando bobeira
besteira
que
que besteira este verso
sem pé
sem cabeça!
trancos
barrancos
sopapos
ribanceira
na beira
bem na beira
olhando a natureza
somente isso
sem outra intenção
a não ser contemplação
mas
porém
contudo
no entanto
vou aproveitar a deixa
o momento
a paisagem
e sacar uma selfie
pra por na rede social
mas
nada de beirada
coisa arriscada
impensada
vou cuidando
de minha integridade!
ignoro
deixo de lado
a tua desfeita
a tua queixa
não me importa
definitivamente
não
e pronto
simples assim
direto
reto
no ânus
cú
e com acento
sim
bem no meio
certeiro
flexa e alvo
na mosca!
facetas
aventuras
epopeia
que se faz
todos os dias
na rotina
repetição contínua
imã
que atrai
que me trai
que vai
vem
de modo aleatório
as portas estão
no automático
partiu
despegou
hoje estou
muito meio de transportes
então
me de licencia
que vou pegar o busão!
mercadoria
ser
não ser
somos
somos um produto
valorado
fabricado
envasado
em potes
potes plásticos
petróleo
ouro negro
sujeira
veneno
vertendo fumaça
por onde passa
igual maria fumaça
igual draga
máquina.
festas
muitas festas
tem as religiosas
as de churrasco
e do voto
vou votar novamente
apertar os botonzinhos
e festejar
festejar o trabalho
o produzir riqueza para outro
um outro espectro
uma entidade
um investidor
festejar a glória
de instituições gloriosas
cheias de tetas
de leite
derramado
no meio da festa
festeje
o servir
sem discutir
sem sonhar
sem se despir
do acesso
do produto
do money.
ali
naquele lugar
a ver navios
como se nada melhor houvesse
pra ver
era como estar
em outra dimensão
um lugar diferente deste
ao mesmo tempo igual
reflexo
espelho
mim mesmo
eu
frente a frente
olhando
as porras dos navios
que chegam
partem
somem
e obviamente surgem
que saco
boring
assunto besta!
trôpego
de andar difícil
meio aleatório
improvável
variável
e vai
tateando
sentindo
buscando
no escuro
no claro
espaço
em meio a estrelas
a planetas
cometas
vastidão
nos confins do universo
sou verso
puro verso
puramente verso
uma poesia
poeira cósmica
energia
consciência
de uma existência
coletiva
emaranhado de pensamentos
de sonhos
ilusões
sensações
no vazio
no infinito vazio
que não é tão vazio assim!
desembestei
a soltar o verbo
a torto
e direito
direto
reto
um papo
desembestado
saiu correndo
feito louco
feito lebre
fugindo
das coisas do dia-a-dia
corriqueiras
banais
cascas
cascas de banana
escorrega pra caramba
vai se segura
se equilibra
a corda é bamba
e flexível
bem mais que imaginava.
emburreci
fiquei mais burro que já era
um asno
creio
que nem mais consigo
escrever
algo que preste
que goste
goze
estático
diante um tela
em branco
e nada
nada demais no front
em frente
que lá vem gente
passando
nem olhando
nem acenando
um olá talvez
talvez um oi
bastaria
tava de bom tamanho
mas as caras
embruteceram
entristeceram
se tornaram falsas
fakes
conrflakes
para os íntimos flocos de milho
no breakfast
ou café da manhã
sem café
pois está caro
muito caro!
aflito
afoito
quase um coito interrompido
cortado no meio
ou pelo menos no ápice
apogeu
se fodeu
e ficou agoniado
aperreado
mais inquieto que já era
e era
era bastante precipitado
ousado
sendo muito muito usado
igual nota de dois real
mixaria
valor baixo
baixaria!
um rascunho
um texto inacabado
um verso mal começado
um traço
travessão na outra linha
a língua tá viva
língua pulsa
à vista
pra fora da boca
saliva
língua
saliva
o obvio
o ululante
básico
feijão
arroz
juntos
entendeu ou é burro?
gosto
gosto pra caramba
um monte
de vir aqui
escrever estas coisas
toscas
pequenas
ínfimas
que escrevo aqui
meu itinerário
schedule
plano
plano mestre
qual?
qualquer escolha
caminho
direção
e vamos
em frente
sem titubear
sem erro
inteiro
interamente
enrolando
...
beijo
...
cheiro
...
rug
na moita
foi na moita
fodeu na moita
que coisa
boa não pode ser
não há de ser
que seja a merda que queira
que seja certeira
como um flecha
uma bala
paulada
na cara
pronto acordou
do sonho voltou
flutuando
como se você gás
outro elemento
menos pesado que o ar
que respiro
que existo
vivo
simples
não?
arrogante
se achando superior
o inteligente
já sou
não posso negar
meio metido
a besta
o legitimo otário
mas que faço
o que posso fazer?
sou assim
um defeito de fábrica
um deslize do CQ
quer dizer
controle de qualidade
o setor que deveria coibir
este tipo de ocorrência
em decorrência
na sequência
passou
dormiu no ponto
marcou
toca
marcou toca
deu
deu bobeira
e cá estou!
sou quase todo ouvidos
por vezes me distraio um pouco
mas nada que preocupar
devo estar perdido
em algo que não faça sentido
nenhum
...
perdido
nos próprios sonhos
e nas ilusões
o lúdico
no improvável
pura imaginação
que flua
que viva
que pulse
feito organismo
máquina
coisa
isso mesmo
uma coisa!
ficou meio inócuo
sem sabor
sem tesão
frio
sem coração
somente pele
somente olhos
mente
somente a mente
pensante incessantemente
sem parar
me dê um tempo
um folga
sim
férias
quero férias de minha cachola
minhas caraminholas
meus morcegos de sotão
alguns dias já me bastam
é rapidinho!
herói
super
vilão
monstro
se é para ser algo
seja profundo
nada superficial
não fique na crosta
entranhas
o âmago
xis de la cuestión
ser
ou não ser
já dizia aquele antigo inglês
sec XVI ou XVII
faz tempo
e continua a mesma indagação
que coisa
coisa tosca
falando do tempo
esse tempo comum
o dia a dia
esse tempo mudano
do mundo
mundo humano
falho
um fiasco
caso de internação!
deu certo não!
tantas coisas
sei lá
emoções
sentimentos
materialidade
racionalidade
racional
tem que ser assim
é pau ... pedra
preto no branco
sim
ou não
me diga agora
desembucha
e não me venhas com lorota
já estou cheio
cheio mesmo
de engolir os sapos
tomar os sopapos
catiripapos
não
não sou saco de pancadas
não!
penso
penso
penso
e nada
nada de produtivo
nada de engajado
no seio da sociedade
desta porra de humanidade
que flatula
solta gases
peida
...
que merda
...
que merda é esta que vivemos
mortes
guerras
bombas
blasfêmias
o nome do Senhor em boca maldita
vão
boca suja
vã
cheia de camarões e bosta
ser dos infernos
do mal
maldito!
vim todo contente
andando rápido
confiante
pisando firme
em sonhos
os meus sonhos
os delírios quase de adolescente
um tom de picardia
apimentado
desbocado
sátiro
meio homem
metade alguma coisa
quase entidade
abstrato evidentemente
totalmente generalizado
diria mais
genérico
medicamento meia boca
meio fraco
ineficiente
placebo!
fálico
penetrante
invasivo
pivotante
um eixo
pistão
máquina sem precisão
nenhuma
algo aleatório
disperso
distribuído em alguns
em uns poucos sentidos
cheiro
sabor
sensação
montes
de coisas misturadas
sem receita
sem regra
palavras
espalhadas em várias telas
diversas
diversos
segmentos de reta
pontos
pulando uma linha
fazendo conta
passeando
...
adoro passear!
escrevo sem objetivos
apenas começo
uma palavra uma frase
uma vida
tudo serve
tudo é ponto de partida
bang!
começa corrida
a partida
el partido
empeza
pernas te quiero
sebo
para minhas canelas
ladeira abaixo
arriba
e a porra da pedra
cadê a porra da pedra
ops!
achei que joguei em uma janela
ou teria sido
telhado!
absurdo
acreditar nos próprios sonhos
coisa de maluco
vira delírio
desvario
extravagante
quantos
adjetivos
a serem falados
alencados
empilhados em uma prateleira
iguais minhas bobeiras
as pisada de bola
fora
chute desviado
mato
é campeonato
lero-lero
pratico isto
agora!
no incerto
certamente pisando
com os dois pés
e as duas mãos
troncos
membros
pra que lhes quero
pra que?
mas não me venha com incertezas
quero minha parte apenas
o pedaço da pizza
da pilha
gráfico
planilhas
que fazes?
afinal das contas
o que fazes?
sossega o facho
guenta as pontas
segura o ímpeto
manera
faça tudo isso
no mesmo tempo
só pra tornar mais intricado
detalhado
inusitado
o estado das coisas
em tua volta
teu redor
adjacências
arriba
abajo
dos lados
de todos os cantos
de todos o centros
entendeu?
então me explica
pois eu
não entendi nadinha!
num vou não
estas com cara
de quem tenta me seduzir
balançando suavemente os seios
mais intensamente os cabelos
mostrando os dentes
contornos
curvas
nuances
tenho por isso
que tomar cuidado
senão fico apaixonado
mais abestalhado
atordoado
sem senso
sem ridículo
noção
noção do tempo
noção do espaço
um traço
mal desenhado em papel opaco
estes malescritas
linhas
pontilhado
caminho
,,,
fui!
devia parar
de postar
coisas
coisas tolas
sem nenhum sentido
sem nenhum pé
sem nenhuma cabeça
coisa de louco só poder ser
um conta
uma prosa
derivativa
que deriva
à deriva
palha em monte de camelo
algo pequeno
quase ínfimo
grão
átomo
núcleo
amago
não sei mais como dizer
talvez o xis da questão
talvez outras palavras
ou palavrões
impropérios
xingos
mas não liga não
é somente da boca
pra fora!
arremetendo
arremessando
lançando
voo
sem plano
pé com pano
sorrateiro
sobrevoando em baixa altitude
atitude
olhando quase tudo
ou pelo menos
o que interessa
sem pressa
curtindo
aproveitando
cada minuto
cada sonho
que tonto
...
bobão
num sabe de nada
culpado
delito grave
um monte de pontos
algumas vírgulas
e outros símbolos.
latitude
longe
distante
não
nem tanto
próximo
bem próximo
de inverter valores
deixar de lado um monte de coisas
podem ser de amor
podem ser de trabalho
podem ser o que sejam
metáfora
um fora
levei um fora
um chega pra lá
e dai
já tinha dado
já havia extrapolado
havia pulado
de galho em galho
de um lado a outro
nossa
que loco
fui de lado a outro
de galho em galho
pulei
no inexato
no exato
momento!
tímido
despertei hoje
meio introvertido
quer dizer
mais que o normal
quase ogro
ainda ovo
célula
orgânico
um ser de massa
de corpo
espaço em sua volta
denso
que pensa
ou diz pensar em algo importante
tipo resoluções
tipo soluções
e algo a mais
que nem mesmo ele sabe
um tolo
sim
sempre o velho tolo de sempre
atolado no abstrato
no inimaginável
no lúdico
vou
vou indo agora
brincar!
esta porra de tempo
cronológico
analógico
esporádico
não tenho necessidade
de concordar com ele
em nada
nadinha mesmo
nem com o lendário
digo celendário
a folhinha
de final de ano
que nem deve existir mais
digital
e coisa
e tal
papo furado
perda de tempo
perca o tempo
sempre propositalmente
desenhe
pinte
escreva
algo
sei lá
o que queira
afinal
o cliente sempre
sempre tem razão
use-a!
intruso
invadirei teus domínios
tua área
quintal
mas
deixe-me explicar
que é no melhor dos intentos
e tento
já tentei
tentarei
sempre acertar
acertar em alvo
acertar em cheio
bem no meio
só pra variar
para divertir
sorrir
rir
gargalhar
de nossas caras
nossas vidas
privadas
...
tremenda cagada!
especulando
as redondezas
as vozes
ruídos
as vozes
primeiras
segundas
ausentes
os que falam
os que escutam
os que não entendem
porra nenhuma
não entendem nada
opacos
sem brilho
sem transparecer
o intento
o hiato
lacuna
escuta o murmurinho
som mais baixinho
mais diluído
rarefeito
respira
...
respira fundo e pise firme no mundo
aqui
tua Terra
teu Planeta
Tua Casa!
cenário
desses de filme
de novela
série
de fachada
tudo fictício
impreciso
na verdade preciso
de tomar vergonha na cara
vergonha de cara
vergonhas expostas
pra quem quiser ver
vou ficara pelado
parado lá fora
mas pensando bem
vou ficar não
tá um vento sul bem geladinho
pelo menos pra meu esqueleto
minha carcaça
que caminha em nenhuma direção
pelo menos específica
planejada
vai na maré
na correnteza
vai
que vai!
me fugiu da mente
o que vinha pensando
que vinha tramando
que merda
pior de tudo que era bom
muito bom
...
bom
perdi de novo
o fio e a meada
de novo
...
agora interrompido
não gosto
odeio
fico puto
e lá vou eu mudando de assunto
enchendo linguiça
enrolando
somente por não ter
nada
nada mesmo a dizer!
uns sete ou oito
para alcançar marcas
metas
o que tens em mente
na cachola
além de caraminholas
y otras cositas mas
solo algunas mas
incrementando
o conjunto
a obra
uma ova!
uma sova bem dada
ora
ora bolas!
putz
ia falar carambolas
de novo
acabei de usar
e já repito
deve ser velhice
pode ser preguiça
proposital
foi de propósito
por gosto!
pop
popular
populacho
esculacho
tudo anda
meio esculachado
de qualquer jeito
remendado
colado com esparadrapo
curativo mal feito
um xis que nem desenho
com defeito
veio com defeito
falta botão
dial
conexão
conecta ai na rede
seu ... seu peixe
de água doce
fora
com a cabeça pra fora
bisoiando
olhando
diretamente
para o alvo
para as coordenadas
latitude
longitude
distante
...
longe pra caramba
e bota caramba nisso!
pelo menos mais uma
ultima do dia
raspa de tacho
melhor
que ontem hoje
evoluindo a passos pequenos
miúdos
sentindo o caminho
tateando no escuro
pisando em cacos
buscando
teu corpo
teu cheiro
desejo
beijo
roubei um beijo
foi breve
curto
tonto
sai rodopiante
feito pião rodando
dando voltas
e mais voltas
atrás de um rabo
inusitadamente
o seu
próprio rabo!
pela hora da morte
tudo
se encontra
é preço
é tempo
são
...
tempos nada legais
grupos contrários
pensamentos divergentes
modos diferentes de ver a vida
canalhice
pura velhaquice
babaca
babaquice
que ia dizendo
já não sei mais o que ando dizendo
ando fazendo
alterando
uma coisinha aqui
outra ali
entendeu?
é bem simples fique tranquilo
de boa
na buena
noite!
não
não sou
definitivamente
não
estou mais para autor
contraventor
na melhor das hipóteses
cumplice
aquele participa
de maneira direta
para alguma coisa
e pode ser boa
pode ser nem tanto
ser legal
ou ilegal
bem
mal
tudo
isso mesmo
tudo ao mesmo tempo
mesmo espaço
coisa coligadas
estratagemas
escaramuças
lutas
livres
para guerrear
que porra de planeta
é este.
neste momento
agora
se eu fosse uma abelha
voaria lá para as bandas
da jabuticabeira
que acintosamente
anda
espalhando perfume
pelo meio
pelo ambiente
bzzzzz
fui
inebriar-me!
el bamba
é o cara
the guy
umas gírias
novas
antigas
mistureba
mezcla
mistura
balança a árvore
pra cair os frutos
maduros
alguns podres
passados
venceu
o vencedor venceu
ficou com o resto
o que sobrou
pedras sobre pedras
poeira
buracos
valas
no meio da guerra
na favela
mata
...
em todos lugares
se mata por bobagens
gadets
miscelâneas
quinquilharias
porcarias
não valem nada
não geram lucros
então são prejuízos
não dedutíveis
destrutivos
sendo destruídos!
desassossego da porra
uma euforia
um riso contido
risco sem cálculo
oráculo
me diga então
sobre o que eu posso
posso não
posso sim
saber
já adianto
quero tudo
nada menos
se for mais
melhor
uma melhoradinha aqui
uma melhoradinha lá
equilibrado
em corda
bamba
...
de um lado a outro
da esquina ao canto
te conto um sonho
e em troca quero um
seu
que seja bem picante
sem exageros
brilhante
intenso
que seja tudo
tudo mesmo
porque diabos
nesta altura se sonha
pequeno
sonhemos o infinito!
trágico
se não cômico
o inverter
o tornar um
noutro
bandido virou mocinho
vencedor vencido
perdido
este continuou o mesmo
de frente para um espelho
opaco
sem brilho nem transparência
nem nenhuma
que nada
nada disso
quem sabe encontra uma bússola
ou um sextante
ops sextou
mais um final de semana
e o tempo passando
passando mão na bunda
dando rasteira
cuspindo
na cara
tua
tua cara!
pus os miolos pra ferver
em fogo brando
maneiro
leve cocção
meus miolos
meu cérebro
bem que tavam precisando
meio que passou da hora
para outra
um pulo
pulo no escuro
no vazio
vadio
por ...Dio
pelo amor
de Deus
Deuses
Deusas
um panteão completo
para todos os gostos!
três pontinhos
a tal da reticências
,,,
ficou no vácuo
no espaço
no buraco negro
distante
longe pra caramba
e agora?
o que fazes
além de fezes
cagadas
merdas
ah!
faço um montes de coisas
que não são contáveis
inumeráveis
variáveis
multiplicidades
múltiplas
comuns
muito comum mesmo
sem exagero
comum demais
mundanas com certeza
primitivas
parece coisa de criança
história sem pé sem cabeça
uma lorota!
egipit
e eu múmia
um ser mumificado
aos trapos
esfarrapado
carcomido
meio velhinho
meu velho!
velho jeito de fazer as coisas
nem certas
nem erradas
velhos feitos desfeitos
velhos defeitos latentes
uns poucos acertos também
digamos assim em equilíbrio
meio frágil
de vidro
um telhado
uma pedra
eu atiro a primeira!
emendando uma na outra
na sequência
cola
aquela da escola
umas formulas apenas
senão nem lembraria
de fato esqueceria
e fiz
fiz questão de apagar
do quadro-negro
que era verde
um verde lousa
giz
diga
diga xis
pronto saiu na foto
quase imediatamente
gravado
estampado
em alto relevo
um retrato!
um jogo
de montar palavras
umas sobre as outras
encaixando umas rimas
desconcertando outras
concerta
desencaixa
um verdadeiro quebra-cabeças
uma imagem
mil e tantos pedaços
pode se permitir
eu estou fora
de foco
desfocado
opaco
currupaco
papaco
já dizia o papagaio
quase um poeta
falta um pouco
sei lá conhecimento
arrogância
erudição
e também uma boa audição
para escutar
somente escutar.
um de cada vez
os passos
também os sopapos
os solavancos
temos levado de tudo que é lado
direita
esquerda
centro
olho do cu
se fodemos
somos fodidos
a cada dia
cada hora
segundo
não tem trégua
pra quem paga o pato
segura a batata quente
bronca
na bronca
estou zangado
com a inércia
rotina
dia-a-dia.
não entendi nada
fiquei com cara de paisagem
estático
paralisado
...
boquiaberto
com o queixo caído
muita interrogação
muita exclamação
tratemos de parlar um pouco
de coisas variadas
diversificadas
espalhadas
mais ainda embaralhadas
aleatoriamente
de forma aleatória
de memória
deu branco
e foi por isso
que virei verso
este verso de especifico
especificamente.
quase que
ia dizer perfeito
mas não quadra
certo seria
rarefeito
não especifico
imperfeito
lhe falta exatidão
nas palavras
nas frases
rimas
versos
abstrato
...
vago
imensamente distante
em outro mundo
outro planeta
sistema
...
vago
vagarosamente
igual cometa
apenas alguns milhões
de ano-luz
lá na frente
tá em frente
logo adiante.
moro num castelo
logicamente de cartas
marcadas
de um carteado qualquer
de lâminas gastas
com marcas
amassos
que ficam meio tortas
quando empilhadas
ajeitadas
tomando forma
de uma estrutura
frágil
muy frágil
bastante
mas servindo
o que basta
o que serve
presta
se não lhe presta
passa pra frente.
vazio
me encontro de certa forma vazio
sem conteúdo
sem cor
sem sabor
algo inexato
um espantalho quem sabe
meio humano
meio de pano
recheado
de algum produto textil
cheio
do vazio al cheio
te dou um cheiro no cangote
te dou beijo nos mamilos
no ventre
...
verte
verte fluxo
jorro
gozo
já satisfeito
pronto
virar pro lado e dormir
quero mais conversar
contar piada
rir
quere falar bobeiras
nos ouvidos
brincadeiras
sem fim
mordida
dedada
esfregada
uma enorme insinuação
união
versão!