não rolou sentimento

Ahh
quem dera
quem dera ser de pedra
quem dera não sentir nada
mas afinal?
quem disse
que pedra não sente?
derrepente
três pontinhos
sente
não igual a gente
é diferente
mas que sente
sente
sente-se
aqui em minha frente
e me conte
conte uma história
qualquer uma
de tema variado
mundo avariado
danado
andando meio que de lado
raspando
passou
passou raspando
tirando tinta
lambendo
lambida de vaca
na cara
agora inventa ai
um som para lambida
não achei nada que sirva.

ansioso

barulho da porra
preciso
silêncio
shhhh!
senão não produzo
escrevo
desconecto
derreto
viro liquido
mijo
virei um mijo
urina
dejeto
objeto de dejeto
desejo
pessoa de desejo
feito
bem
bem feito
o que desejei?
não lhe conta
não é de sua conta
até dez
tirei 10
na prova
avaliação
competição
venci
venci pela fome
pela sede
cansaço
silêncio
ouça
ouça meu coração batendo
veias pulsando
ansiando.

Estrela minha.

Nóis aqui outra vez
de novo
esta frase já usada
já usei em outro lugar
talvez indevido
pouco importa
repetimos tudo
reprisamos muito
muitos
momentos
sentimentos
movimentos
quantos mentos
menos
menos nostalgia
gosto mais no nascer do dia
do Sol surgindo
escuridão se indo
a ultima estrela da manhã
é minha
toda minha
e não tem conversa
não se fala sobre isso
quem cala consente
então ela é minha!

coisa corriqueira

Segura minha mão
mas
se o fizer
lhe advirto
posso não soltar mais
seguro
de si
mim
pessoa
matéria
energia
nos rodeia
coisa besta
corriqueira
ligeira
flor
flor que se cheira
dos pés
à cabeça
sente
cada pelo
cada ruupio
tremedeira
nas pernas
bobeira
sonho?
realidade?
só sei que fiquei na saudade!

potato

Extravagantemente quero
desejo
teu sorriso
teu corpo
meu porto
conhecido
reconhecido
bem vindo!
Escancaradamente exponho
o que sinto
o pinto
de fora
pra fora
de mim
um grito!
Estrondosamente gutural
solto
largo na rua
no meio
do mato
grunho
bem baixinho
no teu ouvido
respiro
em tua energia
vivo
Viva!
viva o universo
que nos trouxe à reboque
até este momento
a partir de agora
a batata
é nossa!

Txau
Tell

Desse jeito!

Sumiu!
a criatividade
sumiu
escafedeu-se
odeio isso
odeio muito tudo isso!
prefiro atirar-me às palavras
mergulhar em versos
me transformar em poema
poesia
pura
insana
mundana
poetry
poetaria eu
poetaria tu
nós
os dois
dois tontos
dois redondos
rolando
...
ladeira à baixo
ribanceira pra cima
nem todo santo ajuda
me puxa
pra mais perto
gosto de sentir
tua presença
chega mais junto
se gruda
em mim
e trate de ficar assim!

caminho

Querido diário, putz, em algum  momento, em algum escrito já usei este inicio, mas e daí? Posso usar de novo, posso mudar, posso nem iniciar, que tal: fodido diário, vou aqui eu doido, bem doido quase de pedra, uma estatua, ou melhor estatuo, afinal sou menino e não menina!

Visto a cor que me der na telha, pode ser a primeira da fila e geralmente o é, assim mesmo e como ia dizendo estou louco e sei que já passei da fase do ficando, vivo sonhando, me fazendo de bobo, nem cordeiro e nem lobo. Tolo.

Um tolo em numero e gênero, um bobo da corte, um ogro; sou quase um Shrek que gosta de assustar,
um bichão papão que não papa nada. E me desvio, desvio do tema indo longe, bem distante, far, far way.

Fazer, fazer um caminho, preciso.

Tell

O Abraço.

Antes fosse fácil
esquecer
ainda mais agora
que lembrei
pirei
estou pirado
doido de pedra
louco
de uma saudade estranha
parece antiga
parece de mentira
parece você
menina
forte
guerreira
risonha
estranha
...
estranha figura
que me chamou atenção
logo de inicio
no comecinho
assim que olhei
pimba!
alguma coisa
um estalo
galho quebrado
fiquei parado
um instante
creio que boquiaberto
e não sabia
nada de certo
perdido
o instante que parei
ficou perdido
em um lapso
laço
envolvendo criaturas
igual abraço
abraço que recordo
todo dia.