terça-feira, 8 de julho de 2025

couro de pica!

Talvez

muito provavelmente

faria

uma besteira

uma besteira das grandes

enfiaria minhas mão gélidas

em tuas costas

nuas

mãos

costas

e diria

diria que foi pura maldade

somente pra arrepiar

os cabelos

os pelos

pentelhos

ou melhor

pelos pubianos

...

púbis

ponto de encontro

que bom

aqui te vejo

de outro jeito

um jeito inteiro

que me dá vontade

vontade de morder

cada pedaço de teu corpo

cada nuance

cada reentrância

uma fenda

uma passagem

que passo

passo pela fenda

entro

e

reentro

...

ida

...

vinda

...

vai

...

vem!



eloquência!

 eloquentemente

eloquente

diferente

absurdamente ciente

de meu entorno

onde estou

quem sou

...

Ser

...

ou não ser

nada mais que uma questão

uma questão a mais

e resposta

quase nenhuma

uma pulga

uma pulga na cueca

um cisco

um olho

...

por olho

por olhos

e também alguns dentes

quase

quase nada

se foram todos

já não enxergo

já não mastigo

e fico

fico agoniado prá caralho

pois ainda respiro

ainda vivo

ou pensando

pensando que estou

vivo!

vivamente

vivência

Viva!


sexta-feira, 13 de junho de 2025

Não sei se estou indo ou voltando!

 

Reco-reco

couro de pica

vai

vem

vou

vou passear por aí

creio que já disse isso

mas vou dizer de novo

adoro passear

e a melhor maneira

sem destino

rumo ao novo

evoluindo

passando de fase

conhecendo

pensando

sabendo

sabendo algo mais

mesmo que seja algo fútil

mesmo que seja algo útil

ul

ultra

ultraje

esta rima

que fluiu do nada

deve ter vindo de longe

ou de minhas entranhas

estranhas

absorvidas pelo tempo

expandidas pelo espaço

expande

retrai

o couro de pida

o reco-reco

o vai

o vem!


No incerto!

Será que consigo

não sei

não estou bem certo disso

tenho dúvidas

muitas

muitas dúvidas

dúvidas existenciais

dúvidas exponenciais

múltiplas

duvido

duvido até que duvido

que estou duvidando de duvidar

mas

mas na dúvida

três pontinhos

ops

...

pula

pula por cima

chuta

chuta que é macumba

e fuma

o charuto

a oferenda

oferta

oferta duvidosa

meio escabrosa

escandalosa

acabei ficando duvidoso

obtuso

cético!


domingo, 8 de junho de 2025

Aleatoriamente!

E quando de repente

minha mente explodiu

em milhares

em milhões

inumeráveis

pensamentos

pensamentos contraditórios

simplórios

comestíveis

mastigáveis

tipo enxurrada

arrastando

levando

carregando a gente para um outro lugar

o fator espaço

impulsionando a gente para frente

e para trás

uma questão de tempo

tempo humano

tempo de Cronus

de Kairos

sem medição

nem previsão

o acaso

eu por acaso

vivo no tempo finito

por vezes infinito

dos sonhos

das palavras

poemas

sou talvez poesia

talvez não

sou humano

não sei não

um pensar fortuito

por esta nem eu esperava!




sexta-feira, 6 de junho de 2025

Foi a Mãe que mandou!

Mamãe mandou

mandou eu escolher

escolher esta daqui

mas eu sou teimoso

e escolho aquela lá

só porque é mais difícil

quase beirando o impossível

quase nem existindo

possibilidade

e mesmo assim elejo

esta pessoa tão diferente

de um outro tempo

que por sinal não entendo

assim como muitas outras coisas

se pensar melhor

chego na conclusão

que não entendo de nada

que não conheço nada

sendo mudo

sendo surdo

sendo cego

nada vejo

nem escuto

muito menos falo

somente sinto!


idas e vindas!

Enfastiado

que palavra tola

pomposa

cheia de pompa

cheia de circunstância

cheia de nada

não significa 

nada

somente algo em desuso

algo deixado de lado

largado

um lixo ortográfico

pode até virar um gráfico

daqueles de torre

que indicam

as vezes em que foi usado

por ano

por década

horas

horas que passam

que levam algo

que trazem outros

outros algos

não só palavras

não somente expressões

mas

alguma coisa a mais

muito mais

muito mais que imaginas!